Em notas oficiais, três da seis centrais sindicais brasileiras reconhecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego – CUT, Força Sindical e CTB, até o momento, se manifestaram apreensivas em relação à fusão do Itaú com o Unibanco, anunciada nesta segunda-feira (3), com pompa e circunstância pela mídia.
As centrais estão preocupadas com a manutenção do emprego dos bancários das duas instituições financeiras e também com as conseqüências dessa decisão para os clientes.
A CUT, em sua nota, diz que “a concentração do sistema financeiro representa um risco para os empregos e para os direitos dos trabalhadores bancários, como historicamente demonstram as fusões ocorridas nos últimos anos, sobretudo as conduzidas pelo Banco Itaú”.
“A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, em aliança com outras centrais e as entidades sindicais que representam a categoria, manifesta sua posição contra a fusão e exige a abertura de negociações com o movimento sindical para preservar o emprego e os interesses da categoria e dos clientes”.
“Esperamos ainda que a medida não ocasione demissões no setor. É importante que o governo abra negociação com as centrais sindicais para evitar desemprego nesta área sensível, justamente neste momento de crise econômica internacional”, se preocupa a Força Sindical.
Mais que anunciar as vantagens para as instituições, pois elas são óbvias, do contrário não se fundiriam, é preciso examinar o significado disso para a economia nacional, para os funcionários, sobretudo neste momento de apreensão geral em razão da crise financeira internacional, e por fim, para os clientes.
Sim, pois, se a fusão que é vantajosa para a instituição e seus acionistas significar demissão, enxugamento de pessoal e aumento de tarifas por conta da força do conglomerado, aí o Governo precisa examinar se é isso mesmo que deve ser feito.