Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Centrais preparam paralisações e lista dos que são contra redução da jornada


(Fonte: Brasília Confidencial)

As novas etapas da ofensiva sindical em favor da aprovação da proposta (PEC 231/95) foram anunciadas na última quarta-feira (7), ao fim de uma série de encontros de dirigentes das centrais sindicais com deputados federais na Câmara

As centrais sindicais preparam, para as próximas semanas, a deflagração de paralisações de trabalhadores em vários estados e a divulgação de um placar com os nomes dos parlamentares que apóiam e dos que se opõem à proposta de redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.

As novas etapas da ofensiva sindical em favor da aprovação da proposta foram anunciadas na quarta-feira (7), ao fim de uma série de encontros de dirigentes das centrais com deputados federais.

Em incursão anterior ao Congresso, os sindicalistas ouviram do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), a promessa de ouvir os líderes partidários para marcar a data de votação da proposta.

Na quarta-feira (7), Temer assumiu outro compromisso. Disse que vai consultar os líderes na quarta-feira da próxima semana, para saber a posição de cada partido sobre a redução da jornada.

“Não é uma coisa fácil. Temos que ter paciência e continuar com a luta. O presidente marcou para quarta-feira uma reunião com os líderes para saber quem é favor e quem é contra redução da jornada de trabalho e se vai ou não para votação”, relatou o deputado federal pelo PDT e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP).

Debate em curso

Segundo Paulinho, “se houver confusão entre os parlamentares, Temer cogita a abertura de uma comissão na Câmara para analisar os impactos dessa redução e tentar fechar acordo, primeiro, entre os empresariados e os trabalhadores”.

Na verdade, esse debate está em curso na Câmara, inclusive em audiências públicas.

Na tentativa de precipitar o fim da discussão e a votação, as centrais estão preparando uma lista sobre a posição de cada deputado em relação à redução da jornada.

De acordo com o diretor da Federação Única dos Petroleiros, Abílio Tozini, “a atitude será tomada para que os deputados saiam de cima do muro. No ano que vem tem eleição e eles não querem se prejudicar com ninguém”.

A agenda das centrais pela redução da jornada prevê para 11 de novembro a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, com a presença de 100 mil manifestantes nas ruas de diversas cidades, sobretudo em Brasília.