Jaélcio Santana
As Centrais Sindicais adiaram, para o próximo dia 30, os atos que serão realizados em âmbito nacional – cidades de pequeno, médio e grande portes –, por todas as regiões do País, contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.
“Orientamos os dirigentes sindicais filiados à Força Sindical a desenvolver as atividades que considerarem mais adequadas: greves, paralisações, panfletagens, passeatas e protestos, se possível de forma unificada entre as Centrais”, informa Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM.
No período de 31 de março a 2 de abril os trabalhadores sairão dos Estados e irão até Brasília, onde realizarão uma vigília. “O objetivo é ampliar a mobilização dos trabalhadores das mais diferentes categorias.
É importante esclarecermos a todos, especialmente aos jovens e estudantes do ensino médio, que estão prestes a entrar no mercado de trabalho, como eles serão prejudicados com estas medidas, que dificultam o acesso aos direitos”, declara Miguel Torres.
As mediadas estão nas duas comissões mistas do Congresso Nacional para ser analisadas. Para garantir a rejeição das MPs, vários dirigentes sindicais já realizaram reunião com os parlamentares em suas bases e, entre os dias 31 e 2 próximos, vão, novamente, tentar sensibilizar deputados e senadores para manter os acordos feitos com os trabalhadores, e ver se conseguem convencer os que ainda se mantém indecisos ou favoráveis às MPs.
As medidas foram anunciadas pelo governo no final do ano, e provocaram protestos das Centrais e dos trabalhadores por todos os cantos do País. Para facilitar o entendimento, a Força Sindical decidiu usar a linguagem de cada região para explicar, em poucas palavras, os impactos que as medidas causarão na vida dos trabalhadores.