Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Categoria inicia negociações mobilizada pelo aumento

Eduardo Metroviche

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, enfatizou que só a mobilização poderá garantir um aumento real satisfatório

Os trabalhadores que participaram do seminário realizado no Centro Educacional da Federação, em Vargem, no sábado, 27, firmaram posição a favor da luta e mostraram que estão comprometidos em buscar o envolvimento de um número crescente de companheiros nas fábricas para fortalecer a mobilização. “A gente tem que batalhar, influenciar nossos companheiros para todo mundo se engajar na campanha”, resumiu um metalúrgico de Itapecerica da Serra. “Nós vamos mostrar a nossa força”, arrematou um companheiro de Carapicuíba.

Os trabalhadores que haviam participado dos seminários realizados em agosto e setembro, na sede e nas subsedes, mostraram que a categoria sabe que o alcance de um bom aumento real vai depender da nossa mobilização, a semelhança do que fizeram os companheiros da Grande Curitiba e do ABC paulista, que fizeram greve para conquistar o reajuste. “Se a gente não se unir, não conversar com nossos companheiros que esta luta é de todos nós, não vamos conseguir nada”, afirmou uma das trabalhadoras do Mulheres Sindmetal.

Além do aumento real, a criação de uma política de valorização do piso salarial é outra reivindicação que mobiliza a categoria. A luta é para que o piso seja corrigido independente dos resultados obtidos nas futuras campanhas salariais e que não fique defasado em relação ao salário mínimo, que, até 2023, tem assegurada uma política de valorização de acordo com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Negociações – As negociações com os grupos patronais começaram na segunda-feira, 29, com uma reunião entre as lideranças da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e representantes dos grupos Fundição e Sindisider. O presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, participou destas primeiras conversas. “Discutimos bastante o reajuste e os patrões estão bastantes inflexíveis”, afirma Jorge.

Até o final desta semana, também haverá reuniões com o grupo 19-3, Sindifupi e com o grupo 2.

Além da porta de fábrica – No seminário, os trabalhadores obtiveram mais informações sobre as atividades realizadas pelo Sindicato, que não se restringem à campanha salarial e defesa de direitos dos trabalhadores somente nas empresas. Isso inclui, por exemplo, as ações da Associação Eremim, do Espaço da Cidadania, a CredMetal, o Metalclube e a participação do Sindicato na construção de políticas públicas, em fóruns e conselhos como o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Osasco.