Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Campanha de Dilma foca mais a região do ABC Paulista

DCI

SÃO BERNARDO DO CAMPO – Cerca de 10 mil pessoas acompanharam uma assembleia do presidente Lula e da candidata à Presidência, Dilma Rousseff, na fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo. Desde 2006, quando a Mercedes-Benz completou 50 anos, Lula não visitava a fábrica. A visita aconteceu na manhã de ontem (23) e fez parte da campanha de divulgação de Dilma na região do ABC Paulista. No último fim de semana, a ex-ministra esteve em Mauá.

O presidente da República ressaltou durante discurso o favoritismo da candidata do PT, nas pesquisas eleitorais. “Era importante Dilma pegar energia aqui, na porta de uma fábrica, onde tudo começou. Quanto mais as pesquisas ficam favoráveis, mais a gente tem de assumir responsabilidade”, disse.

Os candidatos a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT) e ao senado, Marta Suplicy (PT-SP), também estiveram presentes durante a visita, acompanhados dos deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) e do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Durante o comício, Lula e Dilma desceram do caminhão para falar com os operários. “Aqui, passamos um pouco de tudo. Como vou perder o emprego em 1º de janeiro, nada como aprender a entregar panfleto outra vez”, brincou o presidente ao relembrar os tempos de sindicato.

No último sábado (21), o presidente Lula e Dilma visitaram o Município de Mauá. Cerca de 50 mil pessoas acompanharam o comício na Avenida Portugal, que teve a participação do candidatos Mercadante, Marta e Netinho.

Lula aproveitou para enfatizar a evolução da mulher dentro da política. “Nas escolas as mulheres estão com as melhores notas e significa que elas aprenderam a lição de vida, que precisam de profissão, porque a mulher precisa viver com um homem porque gosta e não porque precisa de um prato de comida. Isso é o que simboliza a vitória dessa mulher no País”, disse o presidente da República ao pedir votos para Dilma.

Televisão

Após 23 anos do primeiro pedido oficial de concessão, ontem entrou no ar a TV dos Trabalhadores. A TV é de iniciativa do Sindicato Dos Metalúrgicos do ABC, mas a concessão é para um canal educativo e foi feita à Fundação Sociedade de Comunicação, Cultura e Trabalho, que tem como mantenedor o sindicato.

A Fundação é presidida pelo dirigente do Sindicato Valter Sanches e dirigida por conselho composto por 40 membros eleitos em assembleia a cada três anos, que representam diversas categorias de sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), como Metalúrgicos e Químicos do ABC, Bancários de São Paulo e do ABC, Petroleiros, Professores e Jornalistas de São Paulo.

Investimentos

Para a realização do projeto foi investido R$ 1 milhão na compra de equipamentos. O custo mensal da programação da TVT está estimado em R$ 400 mil. Por ser educativa, a emissora não pode veicular publicidade nem ter patrocínios, mas apenas apoios culturais. Para poder habilitar-se legalmente à concessão, o sindicato fez um aporte financeiro de R$ 15 milhões com recursos próprios (aprovado em assembleia em 2007) na conta da Fundação. O objetivo é buscar apoios culturais e novos parceiros.

A TV terá diariamente uma hora e meia de programação própria e tem uma equipe com 70 profissionais responsáveis pela produção da programação. A grade de programas terá sete produções envolvendo serviços, debates, documentários, cooperativismo, entrevistas e destaques do mundo do trabalho. Para garantir o restante da programação e o desenvolvimento da grade foram firmadas parcerias com a TV Brasil (pública) e as TVs Câmara e Senado, que fornecerão noticiário nacional, reportagens especiais e documentários.

da sucursal do ABC