QUEDA PODE CHEGAR A 12%, SEGUNDO EMPRESA DE MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA. SEGUNDO ASSOCIAÇÃO, 30% DEVERÃO PERMANECER NO EMPREGO EM 2009
A Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) reduziu em sete pontos percentuais a expectativa de efetivação dos trabalhadores temporários contratados em outubro do ano passado para o período do Natal.
Em setembro, antes do agravamento da crise global, a previsão era que fossem criados 113 mil postos de trabalho temporário no período do Natal, 7,6% a mais que em 2007. Pelo prognóstico, 37% desses temporários seriam efetivados.
O presidente da Asserttem, Vander Morales, diz que a previsão do número de postos criados se concretizou. Mas desses trabalhadores, cujos contratos devem se encerrar agora, apenas 30% devem ser efetivados -em 2007, o índice de efetivação foi de 34%.
Na empresa de mão-de-obra temporária Gelre, os números apontam queda da ordem de 12% no fim de 2008 na comparação com o mesmo período de 2007, diz Pedro Scigliano Júnior, gerente de operações.
Os temporários são a ponta mais frágil do mercado de trabalho, afirma José Márcio Camargo, professor de economia do trabalho da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Como, em geral, os temporários são os funcionários que têm menos tempo de serviço, são os primeiros a serem demitidos pelas empresas. (FSP)