Fechamento recorde de postos de trabalho em dezembro ampara apostas em corte da Selic de pelo menos 0,75 ponto
Denise Abarca, Claudia Violante e Silvana Rocha
A perda de 654.946 empregos no País em dezembro e o recuo na mediana das projeções para o IPCA e para a taxa Selic na Pesquisa Focus revigoraram a percepção do mercado de que o Copom poderá ser agressivo em sua decisão de política monetária amanhã. A curva de juros futuros retomou a queda ontem e sustenta a precificação de um corte de 0,75 ponto na taxa de 13,75%. Contudo, a aposta de recuo de um ponto porcentual não só continua firme como tem chances de avançar. O juro de fevereiro de 2009 cedeu para 13,07%; e o de janeiro de 2010 para 11,36%.
Com o feriado nos EUA nessa segunda-feira, a liquidez na Bovespa e no câmbio foi muito pequena. Os investidores locais miraram as quedas das bolsas na Europa. O Reino Unido anunciou seu segundo pacote de ajuda ao setor bancário, desta vez de até US$ 149 bilhões, mas não houve trégua. Os principais índices acionários europeus declinaram, pressionados por um alerta de prejuízo do Royal Bank of Scotland. A Bovespa perdeu 1,30%, aos 38.828,32 pontos. O dólar recuou 0,17%, a R$ 2,332 no balcão, mas o último negócio com o dólar fevereiro no mercado futuro projetou alta de 1,13%, a R$ 2,366.