A obrigação do dirigente sindical é atuar em defesa dos interesses e direitos da classe trabalhadora e, entre os grandes desafios da atualidade, temos que impedir que a medida provisória 1045 avance no Congresso Nacional.
Esta MP visava apenas renovar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, com redução de jornada e salário e suspensão de contratos de trabalho, para os setores produtivos continuarem enfrentando as persistentes crise e pandemia sem demitir ou fechar suas atividades econômicas.
Mas os espertalhões e oportunistas incluíram no texto original centenas de emendas estranhas, os “jabutis”, para continuarem a reforma trabalhista, resgatando a carteira verde e amarela sem direitos, legalizando a contratação de trabalhadores com salários baixíssimos e precarizando ainda mais as relações de trabalho.
O projeto, infelizmente, foi aprovado na Câmara dos Deputados pela maioria dos parlamentares (304 a favor e 133 contrários). Isto reforça a nossa opinião de que precisamos nas próximas eleições eleger uma bancada trabalhista maior e mais expressiva, senão a classe trabalhadora e o povo brasileiro continuarão perdendo tudo o que foi conquistado ao longo da história com muita luta e sacrifício.
Vamos agora agir no Senado Federal, conversar com o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, para defender os direitos do povo trabalhador e exigir que os senadores não votem nem aprovem a MP 1045 do jeito que está cheia de “jabutis”. Vamos todos pressionar, pois para os trabalhadores e trabalhadoras só a “Luta faz a Lei”.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes