Butka discursa na abertura do evento
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, defendeu na manhã de hoje (11), o banimento imediato do amianto no Paraná. A declaração do líder sindical foi feita na abertura da “Reunião Pública Internacional – Municípios contra o amianto”, realizada no auditório do Centro de Convenções de Curitiba.
Muito utilizado no ramo da construção civil, sobretudo na fabricação de telhas, o amianto é uma substância altamente cancerígena. Tanto que sua utilização já é proibida em 45 países, entre eles, França, Alemanha, Itália, Japão, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile. No Brasil, o amianto já é proibido nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco.
“Vamos aprimorar a parceria com o MP para ajudar a banir o amianto do nosso estado. Hoje não há mais o que justifique seu uso, pois existem outras substâncias que podem substituir o amianto e que não são nocivas à saúde do trabalhador. Não podemos entregar a nossa saúde. Defendemos sim o emprego, mas um emprego que não adoeça e depois tire a vida do trabalhador”, defendeu Butka.
No Paraná, existe um projeto de Lei que proíbe a utilização do amianto no estado, sob o nº 76/2011, de autoria do ex-deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB). Ele já foi aprovado por todas as comissões da Assembleia Legislativa, mas ainda não foi à votação em plenário. “É uma luta importante, pois estamos defendendo a saúde do trabalhador exposto à essa fibra cancerígena. Temos dois caminhos para aprovar o projeto. Um deles é causar constrangimento no poder público, fazer uma manifestação e tentar convencer o governador a apoiar o projeto. Como o apoio dele, sua base na assembleia com certeza votaria a favor. Outra estratégia é convencer cada deputado. Precisamos de no mínimo 28 votos para aprovar o projeto”, afirmou o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV).
Presente na solenidade de abertura do encontro, o médico do trabalho e consultor da OIT, Dr. Zuher Handar, apresentou dados alarmantes sobre o tema. “100 mil pessoas morrem por ano no mundo em decorrência de doenças causadas pelo amianto. Importantes organismos internacionais como a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde recomendam a eliminação dessa substância. Não existe um limite seguro para o uso do amianto”, afirmou Zuher.
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