Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Brasileiro aprova produto nacional


24 de outubro de 2011 | 10h29
Marcelo Rehder

Uma pesquisa da Ipsos Public Affairs, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), indica que a maioria dos consumidores brasileiros considera o produto nacional tão bom ou de melhor qualidade que o importado. Foram entrevistadas mil pessoas no País entre maio e junho deste ano.

Os produtos de origem chinesa foram considerados ruim ou de péssima qualidade por 30% dos entrevistados, enquanto os produtos coreanos foram considerados péssimos ou ruins por 27% da amostra. Os produtos brasileiros, por sua vez, foram avaliados negativamente por apenas 2% dos entrevistados.

Os produtos mais bem avaliados foram os brasileiros, considerados como ótimos por 50% dos entrevistados, seguido pelos produtos japoneses (27%) e pelos produtos americanos (26%).

Ao serem questionados sobre qual tipo de produto buscam preferencialmente ao fazer compras, 62% dos entrevistados afirmaram que preferem o nacional, enquanto 32% disseram ser indiferentes em relação à nacionalidade dos produtos. Só 3% buscam os importados.

“Na maioria dos casos o consumidor nem sequer sabe se o que está comprando é nacional ou importado, porque dificilmente isso é colocado como opção a ele”, diz o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. Para ele, o avanço dos importados se faz via preços, e não via desejo do consumidor. “O preço do importado possibilita hoje ao agente econômico vendê-lo no mercado doméstico ganhando dinheiro.”

Basta um giro pelos supermercados para constatar a profusão de produtos importados nas gôndolas das lojas. Por exemplo, boa parte dos itens de uso diário, como produtos em aerossóis (desodorantes, inseticidas, spray de cabelos etc.) e os chamados produtos térmicos (sanduicheira, torradeira elétrica, panela elétrica, forno elétrico, depilador, barbeador elétrico, chapinha e secador de cabelo) já não trazem mais a inscrição “fabricado no Brasil”, em letrinhas miúdas. No caso dos aerossóis, ela foi substituída por “made in Argentina” e nos produtos térmicos, por “made in China”.

Os resultados da pesquisa também mostram que a maioria (53%) considera que o produto nacional atende às suas expectativas tanto em relação à qualidade quanto em relação a custos.