Dirigentes da categoria durante reunião em Caxias do Sul, sexta, dia 18
O movimento Brasil Metalúrgico se reuniu sexta (18) na cidade gaúcha de Caxias do Sul. O encontro, na sede do Sindicato da categoria do município, contou com a presença de dirigentes de várias regiões do Brasil e teve suporte técnico do Dieese.
João Cayres, secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, disse à Agência Sindical que o encontro teve saldo muito positivo. “Avaliamos as campanhas salariais. Vamos continuar realizando ações conjuntas, visando manter as Convenções Coletivas. Sabemos que as dificuldades serão ainda maiores este ano, mas a estratégia de unidade funcionou em 2017 e acreditamos que funcione este ano”, comenta.
O presidente do Sindicato de São Paulo e da Confederação da categoria (CNTM/Força Sindical), Miguel Torres, destaca que a ideia é fortalecer a categoria cada vez mais. “Com certeza, esse ano o que se vislumbra é uma luta muito maior. Nós estamos vendo a classe empresarial se organizando para derrubar as Convenções. Nessa realidade que vivemos hoje, sem a ultratividade, é mais um crime contra os trabalhadores”, afirma.
Miguel falou também sobre as eleições de outubro. “Temos que saber escolher bem os nossos representantes nos governos estaduais e federal. Mas também tem os candidatos a deputado. Ou nós acertamos ou vamos acabar com o pouco que temos”, ressalta.
Paim – O encontro teve a presença do deputado federal Pepe Vargas e do senador Paulo Paim, ambos do PT gaúcho. O senador falou sobre projetos que apresentou contra as reformas trabalhista e da Previdência, além do Estatuto do Trabalho – que está sendo apresentado como alternativa à reforma trabalhista.
Pepe Vargas elogiou a iniciativa do movimento. “Se não fosse a greve do dia 28 de abril (de 2017), a reforma da Previdência teria sido votada. Esse é um exemplo da importância da unidade. O povo nas ruas barrou mais esse retrocesso”, disse.
Agenda – O encontro aprovou documento de apoio aos trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo e da construção civil de São Paulo, que estão em greve e reivindicam reajuste salarial e outros direitos. Além disso, os sindicalistas condenaram as privatizações pelo governo Temer, como da Petrobras, Eletrobras, Embraer e Imbel.
O Brasil Metalúrgico é uma ação unificada de Sindicatos, Federações e Confederações da categoria de todo o País, que tem apoio das Centrais.
Fonte: Agência Sindical