O movimento Brasil Metalúrgico realizou terça (20) a primeira reunião de 2018. O encontro, em São Paulo, decidiu reforçar a resistência contra a aplicação da nova lei trabalhista, além de intensificar os protestos contra a sobretaxa dos EUA às exportações brasileiras de aço e alumínio. Os dirigentes também criticaram as privatizações no setor energético.
O movimento é formado por Sindicatos, Federações e Confederações, com apoio de várias Centrais. Entre os temas da agenda deste ano, os dirigentes devem priorizar as campanhas salariais e o debate em torno do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.
“A categoria tem datas-bases diferenciadas em todo o Brasil. É preciso unificar a pauta. E por isso, mais do que nunca, precisamos avançar na questão do contrato coletivo”, avalia Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação ligada à Força Sindical.
Sobre as restrições imposta pelo governo Trump, o dirigente destaca que o governo brasileiro precisa reagir com vigor. “Essa uma questão gravíssima, pois mexe com cerca de 300 mil empregos diretos. Afeta a vida do trabalhador e também das empresas brasileiras. É fundamental que o governo defenda a economia do Brasil”, cobra.
Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos, vinculada à CTB), destacou que o movimento sindical deve intensificar suas ações em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento.
“É fundamental promover a reindustrialização do País e a retomada do crescimento, combatendo a privatização de empresas e serviços públicos estratégicos”, diz.
Conjuntura – O encontro teve a presença do presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino. “Os engenheiros têm de estar junto com os metalúrgicos. Não existe projeto se não houver o chão de fábrica, o profissional que execute e coloque a mão na massa”, afirma. Entre os presentes, também estavam dirigentes ligados à CUT e CSP-Conlutas.
O consultor João Guilherme Vargas Neto fez uma exposição sobre a conjuntura política, econômica e sindical. Petrobras, Eletrobras e Embraer também foram temas de discussões no encontro.
Agenda – A reunião decidiu ainda fazer a edição de mais um informativo Brasil Metalúrgico, a fim de orientar as lutas de resistência. Outra ideia é integrar mais categorias ao movimento, com ações regionais, estaduais e articulação com entidades de outros países da América do Sul. O próximo encontro ficou agendado para 18 de abril. |