Mais uma vez, nesta terça (27), os metalúrgicos da Bosch, cruzaram os braços por uma hora para protestar contra a tentativa da empresa em querer arrochar os salários dos trabalhadores e de ter um tratamento diferenciado que privilegia supervisores, líderes e administrativos.
Todos protestaram contra o descaso da empresa que, na contramão dos conceitos modernos de administração e recursos humanos, não segue a tendência mundial de reconhecer a importância do Chão de Fábrica para a empresa.
Os protestos realizados em todos os turnos podem se estender caso as negociações não avancem. “Nós podemos chegar a 20, 30 dias de protesto caso a empresa mantenha esta postura. Por isso, esperamos o bom senso da Bosch para negociar um acordo salarial justo e que acabe com o tratamento diferenciado que precariza o benefício dos metalúrgicos e dá mordomias para determinados setores”, avisa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/SMC, Sérgio Butka.
Enquanto os trabalhadores da linha de produção sofrem cada vez mais flexibilização nos salários e nos benefícios, chefes, gerentes e supervisores continuam com 14º salário e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) diferenciada.
Campanha Salarial
Além da luta por mais igualdade nos benefícios, os boscheanos também reivindicam um acordo salarial justo em 2012. A mobilização teve inicio no ultimo dia 1º de novembro quando os metalúrgicos autorizaram o SMC a iniciar as negociações com a Bosch.
Desde lá então a negociação não avançou devido a política da empresa em flexibilizar ainda mais o salário do chão de fábrica. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão: correção nos salários (3% de aumento real + reposição da inflação) e abono de no mínimo R$ 3,5 mil + correção salarial.
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