Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Bosch demite 900 em Curitiba; centrais, em nota conjunta, protestam

CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT, em nota pública repudiam demissões na Bosch de Curitiba (PR). A empresa demitiu 900 trabalhadores e colocou outros 3 mil em licença remunerada.

Diante deste fato, as centrais sindicais reforçam a “necessidade da imediata aprovação, pelo Congresso Nacional, da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que impede as demissões imotivadas”.

Leia a íntegra da nota pública:

“As centrais sindicais – CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT – reunidas nesta terça-feira (23), em São Paulo, vêm a público manifestar o seu mais veemente repúdio à postura intransigente e truculenta da direção da Bosch, que demitiu 900 trabalhadores da sua unidade de Curitiba, colocando outros três mil funcionários em licença remunerada.

Conforme denúncia do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, a política do facão foi aplicada no último dia 18 pela multinacional alemã após os trabalhadores terem soberanamente se posicionado contra a proposta de redução salarial advogada pela empresa, sem qualquer garantia de manutenção dos empregos.

O comportamento da Bosch, assim como as milhares de demissões patrocinadas recentemente pela Embraer e pela Vale, entre outras grandes empresas, reforçam a nossa convicção da necessidade da imediata aprovação, pelo Congresso Nacional, da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que impede as demissões imotivadas.

Tal medida é fundamental para combater os altos índices de rotatividade da mão-de-obra brasileira, que têm penalizado com mais intensidade as mulheres e jovens.

Os empresários vêm se aproveitando deste mecanismo para acumular lucros e diminuir os ganhos salariais dos trabalhadores, que foram fruto da nossa organização e mobilização unitária.

Diante dos sucessivos atropelos à negociação e à representação sindical, os Tribunais Regionais do Trabalho de São Paulo e Minas Gerais já se pronunciaram pela ilegalidade de tais procedimentos e pela necessidade de que seja garantido o diálogo com os trabalhadores.

Compreendemos que o fortalecimento do mercado interno, dos empregos, salários e direitos da classe trabalhadora é, neste momento, o caminho para defender o país dos impactos negativos da crise internacional.”