Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Boletim do Sindipa destaca luta contra demissões e outras questões na Usiminas

Sindipa quer fim das demissões

Em audiência realizada na última segunda-feira (1/06), no Tribunal Regional do Trabalho em Belo Horizonte, a Usiminas mostrou novamente sua irresponsabilidade social com os trabalhadores e a população do Vale do Aço.

Numa atitude lamentável, ela contratou advogados a peso de ouro, de São Paulo que nada sabem sobre a nossa história, para sacanear os trabalhadores. Dinheiro para pagar os companheiros ela não tem, mas para contratar advogados até sobra. Estes senhores de terno se recusaram a fazer acordo com o Sindicato, que pedia a suspensão e revisão das demissões ocorridas na semana passada.


Desta maneira, o Sindipa entrou com pedido de liminar para suspender e revisar as demissões, objetivando resolver a situação e acabar com este clima de instabilidade que a  empresa provocou na nossa região.

Não pouparemos esforços para combater esta injustiça, e cumprir nosso papel de lutar, intransigentemente, pela preservação do emprego e pela dignidade do trabalhador.


Assim como divulgamos em nosso informativo, denunciamos ao desembargador Caio Luiz Almeida Vieira de Mello, as mortes ocorridas na empresa, demonstramos nosso espírito de batalha e a disposição em dialogar, buscando de forma madura soluções para a crise.


Contamos com o apoio de todos os trabalhadores na nossa luta a favor do emprego. Se a empresa não abre mão das demissões, nós também não abriremos mão do nosso instrumento de luta: a greve.

 

TRT vai avaliar suspensão das demissões


Mesmo não conseguindo acordo com a Usiminas, continuamos nossa luta pelo emprego, dignidade e honra! Protocolamos durante a audiência, um pedido de liminar para suspender as demissões e reaver as demissões da semana passada, pois não houve critérios. O Sindicato protesta contra esta atitude.


O desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Caio Luiz Almeida Vieira de Mello vai analisar nosso pedido de liminar. Estamos confiantes! A justiça será feita e dará uma resposta a toda esta intransigência, demissões, desrespeitos e ameaças da Usiminas.

 

Metalúrgicos de Cubatão em negociação


Devido à determinação judicial, a Usiminas de Cubatão (SP) foi obrigada a suspender as demissões até sexta-feira (dia 5) e a retomar as negociações com o Sindicato da categoria que tem data base dia 1 de maio.


Outra luta que acontece em São Paulo, diz respeito à greve de aproximadamente 10 mil trabalhadores de 25 empreiteiras, que na maioria prestam serviço a Usiminas. Os trabalhadores mantêm a paralisação até que a Usiminas conceda 10% de aumento salarial. A situação em Ipatinga não está muito diferente. Se a Usiminas insistir neste caminho, vamos mobilizar nossa categoria e fazer uma greve histórica.

 

Nossa luta pelo emprego…


Desde o mês de fevereiro travamos uma dura batalha contra o capitalismo selvagem da Usiminas, que usou a crise mundial como desculpa para massacrar os trabalhadores, realizando demissões em massa e destruindo valores importantes que foram construídos em 46 anos de história.


Por essas e outras razões levamos estes fatos ao conhecimento de autoridades federais, como a ministra Dilma Roussef, que recebeu em mãos, um manifesto solicitando a intervenção do governo para barrar as demissões da Usiminas.


No mês seguinte, promovemos um o Encontro Nacional a Favor do Emprego e na oportunidade convidamos políticos e lideranças regionais e nacionais para participar do evento. No entanto, nenhum deputado e nem os prefeitos compareceram. Os vereadores de Coronel Fabriciano, Luciano Lugão (PSB) e Nivaldo Lagares – Querubim (PDT) e Andréia Botelho (presidente da Câmara de Cel. Fabriciano – PSL);  a vereadora de Ipatinga, Maria do Amparo (PDT) além de trabalhadores e populares estiveram presentes.


Com toda nossa experiência, sabíamos que as coisas poderiam piorar. Então, fomos para as portarias com carro de som; informativos; entramos com liminar na Justiça para barrar as demissões e conseguimos barrar as demissões por 50 dias; denunciamos as demissões da Usiminas no Congresso da Fitim, na Suécia e já entregamos ao presidente da república um manifesto para taxar os aços importados, com o objetivo de preservar o emprego.


Essas são algumas respostas aos trabalhadores e à comunidade que nos confiaram seu voto e cala alguns oportunistas que surgem agora, tentando explorar da boa fé dos trabalhadores.


Vamos sempre buscar o diálogo para resolver os problemas. Levando em consideração a manutenção do emprego e valorização dos trabalhadores. Manifestações e participação de todos os seguimentos da sociedade são muito importantes para a paz social.

 

Trânsito caótico na Usiminas mata mais um


Já não é de hoje que o Sindipa vem cobrando providências urgentes para desafogar o transito caótico na área interna e portarias da Usiminas. E a empresa nada tem feito para melhorar esta situação, conseqüência disso foi à morte de mais um metalúrgico.


O companheiro Robson Soares Barbosa, da laminação a frio (galvanização eletrolítica) morreu após colidir com um caminhão na Rua 101, nas proximidades do alcatrão. Em menos de dois meses, este é o terceiro acidente fatal na área interna da Usiminas. Até quando e quantos outros acidentes a empresa vai esperar para tomar alguma atitude quanto a este trânsito terrível?


Manifestamos nosso profundo pesar e nos solidarizamos com a família, parentes e amigos, todos aqueles afetados com essa grande perda. Exigimos segurança e respeito a vida!