Vinícius Segalla
do Agora
Os bancários entram em greve hoje por tempo indeterminado em todo o país. A categoria reivindica, entre outros pontos, reajuste de 10% (5% de aumento real) e mudanças no cálculo da PLR (participação nos lucros). Os bancos oferecem 4,5%.
A greve, de caráter nacional, foi anunciada pelo Comando Nacional dos Bancários, que reúne cerca de 400 mil trabalhadores em todo o país.
Segundo Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, neste primeiro dia de paralisação, a maior adesão será nas agências dos bancos públicos (Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa e Banco do Brasil) e nas regiões centrais da cidade. “É sempre assim, a greve começa nos bancos públicos e no centro e, depois, vai se espalhando pela as agências da cidade”, afirma Marcolino. Por isso, a recomendação para quem tem contas a pagar é que aproveite este início de mobilização (veja quadro).
Por enquanto, não há reunião marcada entre patrões e trabalhadores para negociar o fim do movimento.
Os bancários afirmam que já apresentaram sua proposta, rejeitaram a contraposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e, agora, esperam um convite para uma nova rodada de negociações.
A Fenaban, por sua vez, afirmou que já apresentou a sua proposta, que foi rejeitada. Agora, eles aguardam.
Greve nacional
Dos 55 sindicatos regionais do país que votaram a greve ontem à noite, apenas 5 não aderiram ao movimento grevista. Desses, três são do interior de São Paulo. Em Ribeirão Preto (314 km de SP), os bancários votaram mobilização para a greve, mas não paralisação imediata.
Em São Carlos (231 km da capital), a decisão foi adiada. Já em Piracicaba (162 km), a paralisação foi aprovada, mas somente a partir da próxima sexta-feira.