Dirigentes sindicais de várias categorias participaram nesta quinta, 26 de janeiro, da segunda reunião da Frente de Luta contra o Desemprego em São Paulo. O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, na Liberdade. A primeira reunião foi no dia 19 de janeiro, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Miguel Torres, que coordenou a reunião ao lado de Eduardo Annunciato, presidente dos eletricitários, falou sobre várias ações que podem ser encaminhadas para vigorar de imediato, como o passe do desempregado, que é lei, mas não é cumprido; de fomento à qualificação profissional, e propôs a formação de um fórum permanente de discussão sobre a cidade e seus problemas, que possa também ser desenvolvido por outras cidades da grande São Paulo, de onde milhares de trabalhadores saem diariamente para a capital para trabalhar e procurar emprego.
Outras propostas apresentadas foram a ampliação do seguro-desemprego para 12 meses, que é da esfera federal; criação emergencial de frentes de trabalho, isenção do pagamento de água, luz, IPTU e dos produtos da cesta básica aos desempregados.
“O objetivo é pensar soluções para o desemprego e um modelo de desenvolvimento para o município, que possam contribuir para manter e gerar empregos, tirar das ruas tantas famílias de trabalhadores desempregados e discutir as propostas com o Executivo Municipal e também estadual, porque muitas medidas nãos e limitam ao município”, reafirmou Miguel Torres.
O diretor de políticas públicas do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, Cláudio Prado, reforçou a importância de a cidade criar alternativas para a geração de empregos. “Os CATs poderiam fazer o trabalho de orientação, qualificar os trabalhadores e receber mais recursos para desenvolver suas ações”.
Cláudio lembrou que a Prefeitura vai formular o Plano de Metas e o orçamento da cidade e que estas questões têm que ser levadas ao prefeito antes disso, para que possam ser incluídas no plano.
Danilo Pereira, presidente da Força Sindical Estadual, defendeu que a agenda do Fórum seja acelerada e propôs a realização de uma reunião com a participação do prefeito João Doria e do governador Geraldo Alckmin e a apresentação de uma pauta objetiva de desenvolvimento.
No final, os dirigentes presentes concordaram que é importante trazer mais sindicatos e centrais para a discussão, a fim de ampliar a base do fórum, e marcaram nova reunião para o dia 2 de fevereiro, às 9h, no Sindicato dos Comerciários de São Paulo.