Fotos Iugo Koyama
Miguel Torres defende unidade contra os patrões |
Uma grande manifestação realizada nesta quinta-feira (20), na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu mais de 1,5 mil metalúrgicos, da capital e do Interior, bancários, funcionários dos Correios, representantes dos petroleiros, da Força Sindical, da CUT e da CTB em defesa do aumento salarial. Todas essas categorias estão em campanha salarial neste segundo semestre e decidiram unificar suas ações em defesa de suas reivindicações e contra a intransigência patronal.
Miguel Torres com Vagner Freitas, presidente da CUT |
“A unidade e organização são importantes neste momento. Os patrões fizeram um pacto para não dar aumento real de salário e estão oferecendo até abaixo da inflação aos metalúrgicos do ABC e do Interior, enquanto os bancos, que é o setor da economia que mais lucra, está oferecendo migalha para os bancários. Nossa unidade vai quebrar toda essa intransigência”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e da CNTM/Força Sindical, Miguel Torres.
Para ele, aumento salarial para os trabalhadores é dinheiro aplicado diretamente na economia e isso que faz girar mais rápido a roda do crescimento e evita desemprego.
O secretário-geral da Força Sindical, Juruna, enfatizou ser fundamental, neste momento do debate, mostrar a unidade de ação. “A intransigência dos patrões faz os trabalhadores se unirem. Sabemos que a melhoria da renda é que tem dado condições para a economia crescer. Por isso, é fundamental que todos estejamos unidos”, disse.
O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Cláudio Magrão, informou que a categoria tem data-base em novembro, está fazendo assembleias de mobilização nas empresas e que os 53 sindicatos filiados à entidade estão apoiando as demais categorias para que todas as campanhas sejam vitoriosas.
“Cada trabalhador deve saber que a luta é muito difícil, mas com unidade é possível vencer”, reforçou o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Arakém.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, alertou: “A situação não é só uma questão de dar aumento real de salário, o que os patrões querem é minar a força e a organização dos trabalhadores. Mas isso não vai acontecer”.