Força Sindical, CGTB e UGT farão nesta quinta, 13 de agosto, às 10 horas, passeata na Avenida Paulista para defender uma indústria forte para o País. “Queremos uma nova política econômica, que promova o desenvolvimento com ênfase na produção e com uma indústria sadia, que crie empregos de qualidade. Por isto, decidimos promover o ‘Grito em Defesa da Indústria e do Emprego’ na cidade”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM.
“Não podemos assistir, impassíveis, ao desmonte do parque industrial brasileiro”, diz Miguel. Os números são preocupantes. A produção caiu 6,9%, entre janeiro e maio de 2015, e, de acordo com a subseção do Dieese na Força, em maio de 2015 o total do pessoal ocupado assalariado na indústria teve queda de 1,0% frente ao mês anterior na série livre de influências sazonais. É a quinta taxa negativa consecutiva, acumulando neste período perda de 3,1%.
Segundo o Dieese, o recuo registrado neste mês foi o pior desde fevereiro de 2009 (-1,3%). Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral apontou variação negativa de 0,8% no trimestre encerrado em maio, frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013.
A indústria enfrenta dificuldades decorrentes de juros proibitivos, inflação forte, crédito caro, tarifas públicas altas, e decidiu, junto com os trabalhadores, expor toda a situação para a sociedade.
“Não é um ato contra o governo. Trata-se de um movimento apartidário para chamar a atenção ao que vem ocorrendo com a nossa indústria, e clamar por medidas emergenciais que contribuam para a retomada da atividade industrial”, destaca Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq.