Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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As mulheres e o mercado de consumo

Durante muito tempo as mulheres viveram sob o estigma de “gastadeiras”, consumidoras ávidas por sapatos e bolsas, além de cosméticos e acessórios.

O acesso das mulheres ao mercado de trabalho e a sua recente ascensão ao mercado de consumo tem contribuído para quebrar alguns desses estereótipos.

O principal deles é a constatação de que a riqueza gerada pelas mulheres se distribui de forma muito mais sofisticada do que se pensa. Quer dizer, o consumo feminino vai muito além dos óbvios batons e acessórios e não configuram como os gastos mais importantes da lista.

Se antigamente as esposas penavam para ter conta conjunta com os maridos, hoje a situação é bem diferente.

Além de terem conta bancária própria, muitas passaram a ter poder de decisão nas contas do lar e viraram chefes de família. Boa parte da renda que recebem vai para a educação dos filhos e a própria educação, alimentação, telefonia e planos de saúde. E como geram riquezas!

Segundo uma matéria da Revista Exame, em 2009 as mulheres despejaram na economia mundial cerca de 12 trilhões de dólares.

No Brasil, elas foram responsáveis por gastar quase 800 bilhões de reais em produtos e serviços. Embora o avanço do mercado feminino possa ser verificado em todos os segmentos da sociedade, é na classe C que ele aparece de forma mais evidente.

É nessa classe que se encontra o maior número de mulheres chefes de família que, com o crescimento da economia registrado nos últimos anos e o aumento do poder de compra do salário mínimo, puderam e tiveram acesso a bens e serviços antes inalcançáveis.

E assim os tabus vão sendo quebrados. Se antes era inimaginável para uma parcela da população brasileira que um metalúrgico pudesse chegar à Presidência do País, hoje isso é
mais do que possível, é real. Se antigamente, para muitos, lugar de mulher era na cozinha, hoje a realidade comprova que o lugar delas é em todos os lugares que quiserem estar, gerando vida, gerando riquezas, acompanhando com sensibilidade a evolução da sociedade, na esperança de um mundo melhor.