Ato será realizado dia 17/02 em frente ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social, em Brasília
Como o Brasil é um país em que o carnaval tem mais destaque que educação, saúde e o bem-estar dos seus cidadãos, o Sindicato Nacional dos Aposentados resolveu colocar o seu bloco na rua para exigir dignidade e respeito, em ritmo de desfile, com direito a samba-enredo de protesto (assista pelo link http://zip.net/bysS4C) e ritmistas. “O carnaval acabou, mas as pessoas continuam sambando para se aposentar e depois para sobreviver”, destaca Carlos Ortiz, presidente do Sindicato dos Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical – Sindnapi.
O ato é um desdobramento da manifestação que parou a Avenida Paulista, em 21 de janeiro, onde os aposentados realizaram um desfile-protesto com mais de 2.000 pessoas. Agora o bloco “Unidos dos Aposentados” realizará um novo ato, dia 17 de fevereiro, quarta-feira, a partir das 11 horas, em frente ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social, em Brasília (DF).
O carnaval de protesto dos aposentados acontecerá no dia em que o Conselho Nacional de Previdência Social estará reunido para debater possíveis mudanças que podem alterar completamente o sistema previdenciário brasileiro. A Reforma da Previdência coloca em pauta questões como a implantação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, a unificação do sistema sem a divisão em urbanos, rurais, setor público e privado, ampliação do tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos nos casos da aposentadoria por idade, manutenção ou extinção do Fator Previdenciário, entre outras questões não menos polêmicas.
De acordo com Carlos Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), “os governos, sistematicamente, repetem a mesma ladainha do rombo da Previdência, no entanto, nunca divulgaram a verdade que o sistema previdenciário está inserido na Seguridade Social, que possui sete fontes de receitas e não é deficitário”.
NO CONGRESSO – O Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, espera que a proposta seja encaminhada e votada no Congresso Nacional antes do término do primeiro semestre. Porém, a tramitação não é simples. Para que novas regras sejam implementadas na Previdência Social é necessário aprovação de 3/5 dos parlamentares da Câmara dos Deputados (308 votos) e do Senado Federal (49).
Para João Inocentini, presidente licenciado do Sindnapi, “o governo coloca a reforma da previdência como a solução para os problemas de desequilíbrio nas contas, uma forma de desviar a atenção da sociedade para erros que eles cometeram, por isso, essa conta negativa não pode ser transferida para os trabalhadores e os aposentados”, ressaltou.
Assessoria de Imprensa do Sindnapi
Ricardo Flaitt