Unidade brasileira da multinacional ainda não tem beneficios como PLR e vale-mercado, já tradicionais na Grande Curitiba
Caso não haja avanço nas negociações, hipótese de greve não está descartada
Muitas vezes é só na base da mobilização mesmo para “espertar” a patrãozada. É o caso dos metalúrgicos Leax, fabricante de autopeças em Araucária.
Hoje de manhã, em assembleia liderada pelo SMC, os trabalhadores deflagraram greve, após a empresa não dar retorno depois do prazo de 48h sobre as negociações da data-base de 2016.
Diante da mobilização que durou das 6h às 11h, a empresa cedeu e marcou para esta quarta-feira (31), uma reunião com o Sindicato para iniciar a negociação do acordo salarial. Com isso, a maioria dos metalúrgicos deu voto de confiança para a direção da fábrica. Mesmo assim, caso não haja avanço na negociação uma greve por tempo indeterminado poderá ser deflagrada.
O foco da luta está voltado principalmente na implantação de benefícios, entre eles Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e vale-mercado. A pauta de reivindicação também engloba redução de jornada para 40 horas semanais, e piso salarial no padrão das autopeças, area de atuação da empresa, que ainda está enquadrada no setor de metalurgia.
A falta de benefícios já tradicionais em várias empresas de Curitiba e Região Metropolitana reflete o descaso da unidade brasileira com os cerca de 50 metalúrgicos.
Isto porque que a Leax é uma multinacional que atua também nas áreas de construção, mineração, indústria geral, agricultura e Telecom, em unidades, além do Brasil, na Letônia, Hungria e China.
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