Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Após embate sobre salário, Dilma faz agrado a centrais


Presidente regulamenta lei que dá lugar a funcionários em conselho de estatais

Entidades levarão ao Planalto reivindicações como revisão da tabela do IR; assento deve ser o único pedido atendido

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Para melhorar a relação com centrais sindicais após o embate sobre o valor do salário mínimo, a presidente Dilma Rousseff regulamenta hoje lei que dá assento aos trabalhadores nos conselhos de administração de empresas controladas pela União.

Dilma atenderá demanda apresentada pelas centrais em 2008 ao ex-presidente Lula. O afago será feito após reunião com as seis maiores centrais hoje, no Planalto.

Dilma discutiu os detalhes da encontro ontem com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral). Em São Paulo, os dirigentes das seis entidades também se reuniram para aparar arestas internas e definir uma pauta coletiva, sem prejuízo de reivindicações “individuais”.

As centrais pedirão coletivamente a revisão da tabela do Imposto de Renda, uma política de reajuste para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo, o fim do fator previdenciário e a regulamentação de trabalhadores terceirizados.

Inicialmente, a regulamentação da vaga nos conselhos de estatais -que foi sancionada por Lula e publicada em dezembro do ano passado no “Diário Oficial”- será o único aceno que as centrais receberão da presidente.

O governo decidiu que a correção da tabela do IR ficará em 4,5%, não nos 6,46% que pedem as centrais. Dilma pretende ainda iniciar as discussões sobre a desoneração da folha de pagamentos.

O encontro com a presidente acontecerá num momento em que a relação das centrais está fragilizada.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), por exemplo, criticou o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, dizendo que ele estava às vésperas de se jogar nos braços da oposição.