Após 18 semanas consecutivas apostando em alta da inflação, os analistas das principais instituições financeiras consultados pelo BC (Banco Central) reduziram a projeção de aumento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) para este ano. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, a taxa recuou de 6,58% para 6,54% ao ano.
Ainda assim, caso as previsões se confirmem, a inflação irá superar o teto da meta estipulado para este ano pelo BC, de 6,5% ao ano (a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos). Já a expectativa para 2009 (que tem a mesma meta deste ano) foi a mesma da pesquisa anterior, com 5%.
O mercado financeiro também reduziu a previsão de outros indicadores inflacionários em 2008: o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) caiu de 12,04% para 12%, o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) diminuiu de 12,18% para 12,13%; e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) passou de 6,69% para 6,53%.
Para 2009, a expectativa dos economistas para o IGP-M manteve-se a mesma da pesquisa anterior, com 5,5%. Já a projeção para o IGP-DI aumentou de 5,37% para 5,40% e para o IPC-Fipe subiu de 4,55% para 4,61%.
Juros – Com a expectativa de aumento para o IPCA e a elevação da Selic (taxa básica de juros) de 12,25% para 13% no final de julho, os analistas financeiros elevaram a previsão para os juros em 2008: de 14,25% para 14,50% ao ano. No entanto, para o ano que vem, a previsão do mercado se manteve em 14% ao ano.
A taxa Selic é utilizada pelo BC para controlar a inflação. Quando os juros caem muito, a população tem mais acesso ao crédito e, como conseqüência, o consumo aumenta. Ao elevar a Selic, o BC impede o crescimento dos gastos da população, evitando, dessa forma, o aumento dos preços.
Em relação ao crescimento da economia neste ano e em 2009, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) continuou igual à da semana anterior: 4,80% e 3,90%, respectivamente.
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