“Não estarei sendo pretensioso ao afirmar que a grande âncora da realidade na conjuntura atual é a jornada do dia 11 de julho.
Isso por dois motivos fundamentais.
O primeiro deles é a correção e oportunidade das greves, mobilizações e manifestações dos trabalhadores, articuladas por todas as centrais sindicais e os movimentos sociais em defesa da pauta trabalhista.
As diversas iniciativas que já estão sendo tomadas para organizar as ações do dia 11 servem de orientação nova para o movimento sindical e para toda a sociedade, apontam um caminho.
E, em segundo lugar, como o sindicalismo é simultaneamente movimento e instituição, ele é – ao representar o povo trabalhador- a melhor síntese do que os brasileiros em sua esmagadora maioria querem obter, bem como a garantia de luta correta e persistente para conquistar o que se quer.
Aos gritos das ruas e ao burburinho das estradas vai se somar o silêncio dos locais de trabalho parados e vazios; a audição das autoridades neste caso só pode melhorar.
Cada uma das centrais, com suas categorias principais e nas diversas regiões do Brasil, estão tomando uma série de providências que garantem, desde já, a força organizada do dia 11.
E todas, em conjunto, já articulam uma visita aos presidentes da Câmara e do Senado para obter a atenção dos parlamentares e dos partidos políticos para a pauta trabalhista; o Congresso pode, até mesmo antecipando-se ao dia 11, tomar algumas iniciativas que atendam aos anseios do movimento sindical, como fez aceleradamente com reivindicações dos jovens e das ruas.
O sucesso das manifestações do dia 11 será o início da transformação de um movimento espontâneo em um movimento firme da sociedade brasileira- majoritariamente composta de trabalhadoras e trabalhadores- rumo à democratização permanente das instituições e da garantia do progresso social”.
João Guilherme
Consultor Sindical