O banimento do amianto no Brasil e no mundo já estava definido. Mas, pouco antes de deixar o Ministério do Trabalho e Emprego, o ex-ministro Manoel Dias baixou a Portaria 1.287, de 30/09/2015, criando uma “Comissão Especial” para debater o uso do amianto no País sob o prisma do uso seguro e/ou medidas de controle.
O presidente da CNTM e Força Sindical, Miguel Torres, enviou carta ao ministro Miguel Rossetto, do Trabalho, pleiteando a revogação da portaria.
“A fibra do amianto é comprovadamente cancerígena, causadora de doenças como câncer de pulmão, de laringe, do trato digestivo e do ovário, e asbestose, doença que provoca o endurecimento do pulmão e afeta a capacidade respiratória”, afirma Miguel.
A tentativa de reabilitar o amianto é um retrocesso. O amianto foi banido em mais de 50 países e em estados e municípios de SP, RS, PE, RJ e MS. Os proprietários do Grupo Eternit foram condenados a dezesseis anos de prisão, na Itália, e devem pagar indenizações a cerca de três mil operários e suas famílias.