Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Acordos com montadoras injetam R$ 193 milhões no PR

Foto de André Nojima

Coletiva de Imprensa: com presenças de Clementino Vieira, presidente da CNTM,
Sérgio Butka, presidente do SMC, e Cid Cordeiro, economista do Dieese

Segundo o Dieese, aumentos salariais e de Participação nos Lucros
no Estado são referência nacional por serem uns dos maiores do País

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) anunciaram ontem, 22 de setembro, em coletiva na sede do SMC, em Curitiba, que os acordos salariais e de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2010 com as montadoras (Renault, Volvo e Voslkwagem)  injetarão cerca de R$ 193 milhões na economia paranaense nos próximos 12 meses.

“Esse acordos estarão beneficiando não somente os 10.600 trabalhadores das montadoras, mas também impactarão em toda a economia paranaense, pois quanto mais dinheiro na mão do trabalhador maior será o consumo, o que faz com que o giro da economia fique em alta.”, disse durante a coletiva o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Segundo o Dieese, o aumento real de 5,5% dos reajustes salariais é o maior percentual a nível nacional negociado até agora com as montadoras, o que representa um incremento de R$ 53,39 milhões na economia do Paraná. “Some-se a esse valor, os acordos da Participação nos Lucros e Resultados que totalizam R$ 95,41 milhões e os abonos salariais que representam o montante de R$ 44,52 milhões e teremos de beneficio conquistado pelos e para os trabalhadores um valor maior que o PIB de muitos municípios paranaenses”, disse o economista do Dieese, Cid Cordeiro.

Além dos bons acordos que foram fechados, outro destaque das campanhas salariais nas montadoras esse ano foi a rapidez com que os reajustes foram conquistados pelos trabalhadores. “Ano passado, foi preciso muita luta para conquistar 3.7% de aumento salarial, foram 20 dias de greve na Volkswagem, 8 na Renault e 2 na Volvo. Esse ano foram somente dois dias de greve na Volks, um na Volvo e somente algumas horas na Renault. Isso para conquistar 5,5% de reajuste. Ou seja, esse ano houve mais aumento e menos conflito”, disse Sérgio.

Segundo ele, a atual situação econômica do país facilitou nas negociações, o que possibilitou com que os acordos fossem fechados rapidamente. “Esse ano, a produção das três montadoras aqui no Paraná, segundo o Dieese, vai ultrapassar 400 mil veículos, o que é mais um recorde. Nada mais justo que o trabalhador também seja beneficiado nesse processo”, disse.

Por Nilton Oliveira
Assessoria de Imprensa
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