Com a crise se acentuando cada vez mais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), presidida por Miguel Torres, e o setor empresarial têm se desdobrado para achar alternativas e construir em conjunto propostas que possam barrar a crise e o desemprego.
Uma dessas propostas é a aplicação de um programa de renovação de frota de veículos como forma de incentivar a vendas e, consequentemente, a produção e geração/manutenção de empregos. O problema é que o governo vacila e anda e dorme no ponto e demora para dar um parecer à medida apresentada. Enquanto isso, milhares de trabalhadores amargam as filas do desemprego! Acorda, Dilma!
Programa impactaria em toda a economia
Segundo a Federação Nacional de Distribuidores de Veículos (Fenabrave), a medida teria potencial para gerar vendas adicionais de 500 mil veículos por ano. Só no setor automotivo o impacto na geração/manutenção de empregos alcançaria o número de 517.400 empregos e não pararia por aí. Como o setor automotivo sendo o maior do Brasil, tudo o que acontece nele tem efeito direto sobre outros setores. Assim, um programa de renovação de frota atingiria toda a cadeia econômica do país, causando um grande impacto no PIB, gerando consumo, vendas, produção e mais empregos .
Veja abaixo os setores que seriam atingidos e o número de empregos que seriam criados ou mantidos*:
– Transportes: 1.705.585
– Concessionárias e postos de combustíveis: 1.087.041
– Bancos: 512.186
– Mineradoras: 87.874
– Seguradoras: 37.529
Benefícios da medida
Além de movimentar a economia do País, a medida apresenta outras vantagens:
– Benefícios ao meio ambiente: é o obvio. Um veículo antigo polui muito mais que um novo. Segundo o engenheiro mecânico Sérgio Gomes, um caminhão novo emite 98% a menos de PM (materiaisparticulados) ou 90% a menos de NOx comparado com um caminhão de 12 anos atrás.
– Mais segurança e redução de acidentes de trânsito: Veículos velhos apresentam mais riscos devido ao desgaste natural e por não possuir os mesmos recursos de tecnologia e segurança que veículos mais novos, sendo desse modo, mais propensos à acidentes.
Segundo estudo do IPEA, divulgado em setembro de 2015, os acidentes de transito custam ao Brasil cerca de 40 bilhões por ano.
– Mais economia e produtividade: Com veículos novos o custo de manutenção cai consideravelmente. Além disso, outro benefício seria o aumento da produtividade no trabalho.
Medida já adotada em outros países
Os Estados Unidos, Japão, Alemanha e México são países que já possuem um programa semelhante e que vem trazendo resultados positivos para suas economias.
Na pressão
A CNTM e as Centrais Sindicais agora se mobilizam para exigir do governo mais agilidade com essa e outras propostas de saída para a crise apresentadas pelas entidades junto com o setor empresarial.
“Estamos pressionando o governo para que saia do marasmo em que se encontra e tome atitude em relação às saída para a crise que temos apresentado. O programa de renovação de frota traria um alento e ajudaria a dar um pontapé inicial para recomeçar a movimentar a economia”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
Fonte: Assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba