As centrais sindicais vão intensificar a pressão, fazer passeatas e vigílias até a Câmara dos Deputados votar o projeto de lei que institui a fórmula 85/95 para o cálculo das aposentadorias. Nossa proposta leva em consideração a necessidade da sustentabilidade da Previdência e não apenas o fim, pura e simplesmente, da fórmula de cálculo.
Já propomos muitas opções para solucionar os impasses surgidos e chegamos ao acordo da fórmula 85/95, mas o governo vem sistematicamente bloqueando a votação dessa matéria na Câmara Federal.
O movimento sindical quer que as pessoas que se aposentarem possam optar pela fórmula 85/95, por meio da qual a soma da idade e do tempo de contribuição faça parte do cálculo do valor da aposentadoria para mulheres e homens.
Como a Câmara ainda não quis votar o projeto, as centrais sindicais decidiram protocolar um pedido de audiência com a presidente Dilma Roussef. Queremos que ela libere sua base de sustentação na Câmara para fazermos o acordo e aprovar a proposta até o dia 20 de dezembro.
É consensual entre as centrais que a fórmula 85/95 melhora a condição do trabalhador que vai se aposentar. Com o fator, seu benefício é reduzido em até 40%, enquanto para a mulher o valor da aposentadoria cai 45%.
Com a aprovação da matéria, os trabalhadores não sofrerão mais esse desconto absurdo.
A nossa proposta é boa para os trabalhadores e também é boa para o Brasil porque incentiva a pessoa a continuar trabalhando, mesmo nos casos em que ela já pode se aposentar. É que quem atingir os 85/95 pode manter a contribuição para a Previdência, aumentando o valor dos proventos.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical