A partir de abril de 2010, com o fim da redução do IPI sobre os veículos, a indústria automobilística brasileira iniciou um processo de retorno à sua normalidade de mercado.
Isso pode ser visto já nos primeiros resultados do setor, que indicam uma redução em relação aos números registrados nos meses imediatamente anteriores e que foram influenciados pelo incentivo fiscal.
Ao mesmo tempo, estes resultados apontam para um crescimento em relação aos números dos primeiros meses de 2009, quando o setor sofreu com a crise econômica mundial.
Em abril, a produção e as vendas retraíram 14,6% e 21,5%, respectivamente, movimento verificado novamente na primeira quinzena de maio, quando, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram emplacados 115,7 mil veículos, diante de 157,9 mil de abril (retração de 26,7%).
Já quando analisado o primeiro quadrimestre deste ano, a produção de veículos totalizou 1,126 milhão de unidades e as vendas somaram 1,065 milhão, o melhor quadrimestre de todos os tempos.
Números que confirmam a previsão da Anfavea (associação das montadoras) de crescimento de 6,5% na produção (3,3 milhões) e 8,2% nas vendas (3,4 milhões) em 2010.
Esta previsão tem como alicerce a solidez da economia, a confiança dos consumidores, a forte oferta de crédito e os investimentos anunciados para o setor (R$ 20,5 bilhões para o triênio 2010- 2012).
Ao se confirmar esta previsão estaremos entrando em um novo e consistente ciclo de rescimento na indústria automobilística brasileira.
