Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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A crise desembarcou


A crise econômica começou nos Estados Unidos, há mais de um ano. O caldo entornou na terra do hambúrguer por volta de setembro, quando uma porção de bancões americanos ficou ameaçada de quebrar.

Àquela altura, toda a Europa e alguns países da Ásia já tinham sintomas de recessão. E o Brasil aguardava a sua vez. A espera terminou, infelizmente, com uma notícia ruim: a crise já desembarcou por aqui.

Os dados da indústria em novembro apontaram uma mudança brusca na produção, que vinha de vento em popa. O cavalo-de-pau foi maior nas fábricas de automóveis, que apertaram o “off” das linhas de montagem. Muitas deram férias coletivas a seus funcionários.

Diante desses sinais, o governo começa a se mexer mais. Já fala em adotar novos pacotes de incentivo. Quer, por exemplo, aumentar o limite de financiamento de imóveis com a grana do FGTS. A construção é um dos segmentos mais debilitados pela crise.

Pode ser que o Brasil não experimente um tombo tão grande como o que ocorre no estrangeiro. Mas não dá para ficar esperando de braços cruzados. Os juros praticados no Brasil continuam extorsivos e estão entre os mais elevados do planeta.

O Banco Central tem de reduzir os juros básicos para estimular a volta dos empréstimos na praça. De outro lado, o governo precisa pressionar os bancos, públicos e privados, para que não esfolem os clientes na hora de aprovar um financiamento.