Os números de acidentes de trabalho nas metalúrgicas da região de Osasco se comparam a epidemias de doenças que costumam alarmar a população. A cada 15 dias, um trabalhador sofre um acidente grave nas metalúrgicas situadas nos 12 municípios da base territorial do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. A constatação é preliminar e faz parte do estudo que será divulgado no dia 17 de julho, no 35º Ciclo de Debates, na sede da entidade, em Osasco.
São jovens, com idade entre 20 e 42 anos, que têm dedos, mãos, braços esmagados, queimados, amputados por prensas e outros tipos de equipamentos desprotegidos. Mas, não para por ai. A cada 3 meses e meio um pai ou uma mãe de família perdem suas vidas enquanto exercem sua atividade profissional.
O estudo analisa 99 acidentes de trabalho graves que chegaram ao conhecimento do Sindicato nos últimos quatro anos. Porém, os acidentes não têm a atenção merecida como em outras epidemias. Eles se repetem inclusive em empresas listadas pela Gerência Regional do Trabalho como prioritárias para o Programa Metalúrgico que visa fiscalizar riscos de acidentes no trabalho com prensas, máquinas e equipamentos.
Além de apresentar a íntegra do estudo, o Sindicato vai propor uma mobilização de trabalhadores, cipeiros, empresas e agentes públicos pela garantia do cumprimento da lei e fortalecer o enfrentamento de toda essa situação com o objetivo de promover um ambiente de trabalho que preserve a vida, a saúde e a integridade física e mental dos trabalhadores metalúrgicos de Osasco e região.
Ciclo de Debates – Há 35 anos, o Sindicato promove o Ciclo de Debates, que reúne cipeiros, profissionais do SESMT (Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho) e trabalhadores em geral para discutir temas relacionados à saúde do trabalhador.
Por Cristiane Alves
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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