Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Trabalhadores continuam em greve na Tupy

Foto de Robson Fonseca

Os 1.200 trabalhadores participam de assembleia presidida por Martinha

Após paralisações nos três turnos os 1.200 trabalhadores da Tupy, maior fábrica do setor de fundição do Estado de São Paulo, continuam em greve. A decisão foi tomada durante assembleia ocorrida na tarde do dia 6.

A Tupy apresentou três propostas (retorno ao trabalho imediato; horas paradas seriam compensadas; e retorno ao convênio médico anterior até o final do ano), mas foram recusadas por unanimidade.

Os trabalhadores estão em greve desde o dia 3. Protestam por causa da mudança do convênio médico e reajuste salarial.

No dia 5, a empresa protocolou no Tribunal Superior Regional do Trabalho, ação de dissídio coletivo, com pedido de liminar para declaração de abusividade da greve e o imediato retorno ao trabalho. A ação será julgada na próxima segunda-feira, dia 9, data marcada para a próxima assembleia dos trabalhadores.

Cícero Firmino da Silva, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, disse que inicialmente a greve seria de apenas 24 horas, caso a indústria aceitasse a negociação. Como isso não ocorreu, a paralisação continua até agora.

“Estamos em negociação permanente com o Grupo Sindipeças e 19-3. A falta de visão dos nossos patrões é assustadora. Em vez de os patrões apostarem no que há de mais moderno no mundo em termos de negociação, se escondem atrás da crise que foi superada com a participação direta dos trabalhadores que não se intimidaram e mantiveram o consumo”, diz o Martinha.

Por Assessoria de Imprensa
Andressa Besseler