Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Governo estima chegar a 2 milhões de novos empregos em 2008

Um dia depois da divulgação de que o País já gerou 1,5 milhão de novos empregos em 2008, o secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Ezequiel Nascimento, que também foi presidente do DIAP, disse que existe a meta de ver esse número chegar a 2 milhões ainda este ano.

Em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, publicada no sítio Conversa Afiada, Nascimento disse que esse número é possível de ser alcançando em virtude dos excelentes dados apresentados no primeiro semestre. ” Já criamos 1,959 milhão de postos de trabalho nos últimos 12 meses, no acumulado dos últimos 12 meses. Em geral, o segundo semestre é um pouco menos aquecido do que o primeiro, mas os resultados nosso, do Caged, têm sido tão surpreendente que não nos surpreenderia uma quebra nessa regra, nesse paradigma”, afirmou.

Leia abaixo a entrevista:

Dados do Caged mostram que o Brasil criou 1,5 milhão de empregos no primeiro semestre deste ano, entre janeiro e julho. Sobre esses dados, eu vou conversar agora com o senhor Ezequiel Nascimento, que é secretário de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho em Emprego. Senhor Ezequiel Nascimento, esse dado é recorde, não é isso?

É um recorde histórico. Desde o início do Caged, para o mês de julho e para o período de janeiro a julho é o maior número já registrado por nós aqui no Ministério.

Isso é um crescimento de quanto em relação à marca anterior?

Em relação, por exemplo, ao período anterior, ao recorde da série histórica, no mês de julho, praticamente 1%. Mas em relação ao período de janeiro a julho, acumulado, quase 27%, então um crescimento surpreendentemente importante, interessante, são 1,564 milhão de postos…

E o que explica isso, senhor Ezequiel?

Também é um dado importante: todos os setores de atividade econômica brasileira tiveram acréscimo muito grande. Destaque para a agricultura. Em números relativos a agricultura subiu 18%, a maior taxa entre todos os setores. Construção civil, 15%. Em números absolutos, a gente verifica serviços, de janeiro a julho, quase 500 mil postos de emprego no setor de serviços, isso em números absolutos. E a indústria da transformação também em números absolutos. Mas neste acumulado de janeiro a julho, a agricultura e a construção civil foram realmente puxaram a produção econômica brasileira para cima de forma realmente surpreendente. Agora, o que a gente verifica é que há um crescimento generalizado na produção econômica brasileira e, conseqüentemente, um crescimento generalizado na geração de emprego. Isso acontece em todos os setores da economia, acontece em todas as regiões geográficas do Brasil, acontece na região metropolitana e no interior.

Também tem criação de emprego no interior, de forma significativa?

O interior novamente ele tem crescido mais até do que aquelas regiões metropolitanas. De novo a região metropolitana, é o segundo mês consecutivo, ela cresceu um pouco menos do que o interior do país, o interior dos estados, principalmente São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, o interior gerou mais emprego, de novo. Mês passado já foi assim. Naturalmente isso se dá por fatores sazonais, não podemos considerar isso uma regra definitiva, especialmente porque São Paulo gerou no interior mais de 32 mil postos este mês, Minas Gerais 26 mil postos este mês somente. Então, isso se deve muito a fatores sazonais, mas o que nós temos verificado é que há uma tendência bastante firme, bastante nítida, de desinflar as regiões metropolitanas. E o emprego começa a não migrar para o interior, mas surgir no interior. Então, tem sido criadas, não necessariamente como produto de uma migração da região metropolitana para o interior, mas tem sido criado muito emprego no interior do Brasil.

E as projeções do Ministério do Trabalho para o fechamento do ano é de criar quantos postos de trabalho?

Olha, nós já estamos apostando na criação de 2 milhões. Nos últimos 12 meses nós já criamos praticamente isso. Já criamos 1,959 milhão de postos de trabalho nos últimos 12 meses, no acumulado dos últimos 12 meses. Em geral, o segundo semestre é um pouco menos aquecido do que o primeiro, mas os resultados nosso, do Caged, têm sido tão surpreendente que não nos surpreenderia uma quebra nessa regra, nesse paradigma. É possível, sim, que nós tenhamos um segundo semestre muito similar ao primeiro. E aí há a possibilidade de nós ultrapassarmos, sim, pela primeira vez na história do país o número de 2 milhões de postos de saldo positivo, gerados em um único ano. Estamos apostando nisso já.

E isso significaria um crescimento de quanto, em relação a 2007?

Quase 20% em relação a 2007. Talvez um pouquinho superior a 20% em relação a 2007. É um número para lá de surpreendente e positivo. E positivo principalmente porque ele se dá de forma absolutamente generalizada, tanto do ponto de vista geográfico, quanto do ponto de vista dos setores da economia brasileira.

Essa seria a próxima pergunta: do ponto de vista geográfico também é generalizado esse crescimento?

Também, para nossa alegria, é generalizado. Sudeste foi o que mais cresceu nesse período de janeiro a julho, com 6,37% positivo, em relação aos primeiros sete meses do ano anterior. Região Sul, mais de 5%; região Centro-Oeste, 7,54%, isso se dá também muito em razão de fatores sazonais, agricultura, indústria da alimentação, aqui na região Centro-Oeste, mas um dado para esse período, um recorde relativo e absoluto na região Centro-Oeste; Nordeste, que em geral a região Nordeste neste período tem perdas, ela sempre está perdendo, teve saldo positivo; e região Norte. Então, absolutamente todas as regiões tiveram saldo positivo.