Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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CNTM e CNM indicam Coordenador Adjunto da FITIM

O vice-presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Marino Vani, foi indicado para ocupar o cargo de Coordenador Adjunto do Escritório Regional da Federação Internacional dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica para a América Latina e Caribe.

Roberto Parizotti

Eleno Bezerra (CNTM/Força Sindical), Marino Vani e Carlos Alberto Grana (CNM/CUT) no encontro que formalizou o acordo

A nomeação deu-se por um acordo histórico entre as confederações brasileiras CNM/CUT e a CNTM/Força Sindical, ambas afiliadas da FITIM, que de comum acordo indicaram o nome de Marino para representar o país no escritório que recentemente foi transferido do Chile para Montevidéu, no Uruguai. “Minha indicação foi definida de comum acordo e, por isso, agradeço e parabenizo o esforço do dos presidentes Carlos Alberto Grana (CNM/CUT) e Eleno Bezerra (CNTM/Força Sindical) pela maturidade e responsabilidade com a unidade sindical, com os brasileiros e com os metalúrgicos do mundo”, disse Marino Vani. O ato teve a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Marino, de 39 anos, desenvolverá seu trabalho com todos os sindicatos da FITIM na região, que vai desde o México até o Uruguai. “Vou assumir o cargo a partir de outubro e minha família muda de forma definitiva em janeiro. Enquanto isso, minha esposa e meus filhos vão estudar o espanhol para se adaptar ao novo país e eu devo me aperfeiçoar no inglês, que será em breve o idioma oficial da FITIM”, completou.

Gaúcho de Erechim, Marino que atualmente ocupa a vice-presidência da CNM/CUT. Perto de completar 20 anos de atuação sindical, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim, secretário de Formação da FEM/CUT-RS, Coordenador Nacional do Instituto Integrar e representante da CUT no Fórum Nacional do Sistema S e no Conselho do SENAI, entre outros cargos.

Entre as novas atribuições de Vani, está a luta contra o trabalho precário, a organização de sindicatos, organizações e dos comitês nacionais e mundiais de empresas. “Também vamos focar na formação de dirigentes sindicais, na contratação coletiva nacional, na implementação e cumprimento dos Acordos Marco Internacionais firmados pela FITIM, além de discutirmos e intervirmos junto aos governos por políticas industriais e de desenvolvimento dos países da região”.

Leia abaixo a entrevista com Marino Vani

O que significa este novo momento em sua trajetória sindical?

– Aceitei este cargo e desafio primeiro pelo convite da FITIM, por meio do secretário-geral Marcello Malentacchi e seu adjunto, o brasileiro Fernando Lopes, que confiaram em mim esta possibilidade de poder contribuir e fazer parte desta tão importante organização internacional. Outro fator que me fez aceitar, é o orgulho que tenho em ser metalúrgico e continuar sendo um dirigente de ações e lutas da categoria em nível global.

Quais são suas expectativas para este período na FITIM?

– Tenho muitos amigos e companheiros de luta em todos os sindicatos da região e tenho certeza que poderei aprender muito com todos os metalúrgicos destes países, já que poderemos trocar experiências de organização e ação sindical até pelo o que tenho acumulado nos últimos 20 anos da minha militância sindical no Brasil.

Penso que posso ajudar e contribuir muito na formação e organização dos sindicatos e comitês de empresas e também junto a construção de políticas públicas nos países em desenvolvimento. Será e continuará sendo uma honra, um prazer e um orgulho poder ajudar os companheiros do meu país, da América Latina e Caribe na luta por um novo mundo que seja melhor para todos.

Reportagem de Valter Bittencourt – Imprensa CNM/CUT

Opinião de Eleno Bezerra

“A unidade das confederações CNTM e CNM, que representam juntas 90% da categoria metalúrgica no País, é sem dúvida alguma um dos principais elementos da nova realidade sindical brasileira.
A exemplo das ações conjuntas da Força Sindical e da CUT, em defesa dos direitos dos trabalhadores, este amadurecimento é fundamental para ambas as confederações, que continuam crescendo e tornando-se cada vez mais referência de luta para os trabalhadores metalúrgicos brasileiros.
A indicação do companheiro Marino Vani para ser o Coordenador Adjunto do Escritório da FITIM na América Latina e Caribe, fruto de um recente acordo da CNTM e CNM, é um importante exemplo deste projeto de união. Vani é um líder sindical competente, atuante e progressista e, tenho certeza, representará muito bem os interesses dos metalúrgicos brasileiros representados pelas duas entidades”.

Eleno Bezerra, presidente da CNTM-Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.