Foto de Eduardo Metroviche
Trabalhadores mobilizados pelo aumento real
Por Cristiane Alves – Jornalista do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
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O início da greve em empresas metalúrgicos da região de Osasco deve acontecer em poucos dias, caso os grupos patronais continuem apresentando propostas pouco satisfatórias de reajuste e ampliação de direitos.
Os cerca de 15 mil trabalhadores que participaram das assembleias das últimas semanas foram unânimes em dizer que, se tal postura for mantida, a categoria vai parar. A decisão final será tomada na assembleia que o Sindicato convocou para sábado, 17, no clube da categoria, em Osasco (SP).
As assembleias aconteceram em empresas situadas nos 12 municípios da base territorial do Sindicato, como: Delphi, Demag, H. Buster, Cinpal, Blum, Jan Lips, Spaal, Amelco, Dana, Arvin Meritor, Liceu de Artes e Ofícios, Wap Molas, Arim, Adelco, Rayton, Jaraguá, MKS, Açotécnica, entre outras.
Greve no Estado de SP – Tal disposição de ir a greve é acompanhada pelos demais 800 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo, já que a campanha salarial é unificada e reúne os 53 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
Os grupos patronais têm até quinta-feira, 15, para fazer sua contra-proposta. A categoria reivindica 10% de reajuste salarial, piso salarial único no valor de R$ 1.200, aplicação da convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas), redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial, entre outros itens.
A pauta de reivindicações foi entregue em agosto, mas até agora os grupos patronais apresentaram somente propostas evasivas. A data-base da categoria é 1º de novembro. “A categoria percebe a recuperação da produção e sabe que contribuiu com este momento. Não vai tolerar ser tratada dessa maneira e vai parar para cobrar respeito a seus direitos”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.