Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos demonstram disposição de luta por reajuste e direitos

Os cerca de 1.500 trabalhadores que participaram das assembleias de mobilização na manhã desta quarta-feira, 23, reafirmaram o que vem sendo dito por outros metalúrgicos nas portas de fábricas: se os grupos patronais não apresentarem uma proposta satisfatória, vão partir para greve.

As assembleias deram continuidade à série iniciada ontem especificamente nos municípios de Barueri, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Jandira, Itapevi e Carapicuíba. Nestes dois dias, cerca de 4 mil metalúrgicos e metalúrgicas se comprometeram com a luta. As assembléias envolveram trabalhadores de empresas como: Cajamar, Wap Metal, Jandinos, Açotécnica, Arim, Adelco, Mercúrio, Tecmarca, entre outras.

A categoria não descarta a possibilidade de seguir o exemplo dos trabalhadores de outras regiões do Estado de São Paulo e do Paraná, que estão em greve para conseguir um acordo satisfatório. “Sabemos que esta campanha é de embate, porque não vamos tolerar argumentos de que a crise impossibilita qualquer avanço. Os números mostram que o Brasil e a indústria metalúrgica têm condições de olhar para frente, para um pós-crise de crescimento. É isso que os trabalhadores querem discutir”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Seminário – Neste sábado, 26, a mobilização continua com o seminário dos trabalhadores de metalúrgicas situadas naqueles municípios. No encontro, eles irão discutir os próximos passos da mobilização, diante das informações sobre o andamento das negociações. Os seminários acontecem na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, em Osasco, e na subsede de Barueri, a partir das 9h.

As assembleias e seminários têm acontecido desde o início de agosto. A cada semana reunindo trabalhadores dos 12 municípios da região Oeste da Grande São Paulo, base territorial do Sindicato.

Reivindicações – Os metalúrgicos da região de Osasco participam da campanha salarial unificada organizada pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, que reúne 53 sindicatos e cerca de 800 mil trabalhadores.

A categoria reivindica reajuste salarial, renovação e ampliação dos direitos da convenção coletiva, valorização do piso salarial, aplicação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, entre outros itens. A data-base da categoria é 1º de novembro.

Por Cristiane Alves
Jornalista do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco