Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

CONTRATO / AVISO - Contribuição Sindical Urbana
Direitos da Classe Trabalhadora

“Pejotizar é precarizar, é retroceder!”, diz Miguel Torres, em audiência pública no STF

 

Miguel Torres é presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

“Pejotização ameaça direitos e representação sindical”, alerta Miguel Torres

Miguel Torres alerta STF sobre riscos sociais e econômicos da prática

Durante audiência pública no STF, nesta segunda-feira (6), o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou a gravidade da pejotização. Ele ressaltou impactos profundos sobre trabalhadores, sindicatos, previdência e sociedade.

Representando mais de 1.500 sindicatos e 12 milhões de trabalhadores, Miguel Torres afirmou que pejotização não é modernização. Pelo contrário, constitui mecanismo de precarização, exclusão e retrocesso.

“A pejotização elimina direitos fundamentais como férias, 13º salário, jornada definida, horas extras, descanso remunerado, licença maternidade e paternidade. Esses direitos históricos desaparecem quando trabalhadores viram pessoas jurídicas”, ressaltou o dirigente sindical

Além disso, de acordo com o sindicalista, a pejotização reduz a arrecadação previdenciária. “Esse efeito compromete diretamente a sustentabilidade do sistema, colocando em risco o pagamento de aposentadorias e benefícios de milhões”, alerta.

De acordo com Miguel Torres, permitir a pejotização significa retroceder décadas.

“Essa prática fragiliza trabalhadores, compromete a previdência, reduz arrecadação, destrói sindicatos, amplia desigualdades e normaliza a precarização como regra”.

O dirigente lembrou que em 2022, um acidente em São Paulo matou nove trabalhadores pejotizados. O caso evidenciou insegurança jurídica e desproteção total dos empregados.

Torres concluiu pedindo ao STF responsabilidade histórica. Ele pediu que a Corte reafirme a Constituição, proteja os trabalhadores e garanta que modernização não signifique precarização.