Antes de entrar neste assunto, em nome da Força Sindical, da CNTM e do Sindicatos dos Metalúrgicos de São e Mogi das Cruzes, bem como de todas às entidades sindicais representadas pela Força, saúdo o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE, com a responsabilidade de conduzir a porto seguro as eleições de 2022.
Desejamos a ele, coragem, disposição, força e muita sapiência na condução desse processo, que não será fácil, nem tampouco tranquilo. Não subestimamos nem Bolsonaro, nem tampouco o bolsonarismo, que é perigoso e mata os adversários.
Daí, desejarmos que o mandato do ministro seja exitoso no comando da Justiça Eleitoral, em particular, neste momento que o presidente da República tenta comprometer e desenganar o sistema eleitoral como um todo e as urnas eletrônicas em particular. Com isso o chefe do Executivo deseja inviabilizar as eleições, porque sabe que a derrota é iminente.
Em nosso entendimento, tentar descredibilizar o sistema eleitoral e as urnas, sobretudo sem nenhuma prova material, é tentar enfraquecer o Estado Democrático de Direito e, no lugar dessa couraça protetora da democracia e as instituições republicanas instalar um regime tutelado, antidemocrático e descomprometido com as prerrogativas democráticas — individuais e coletivas dos brasileiros.
Não temos dúvida, que o presidente da República fará tudo para tentar inviabilizar que as eleições transcorram sob as normalidades democráticas, com paz, liberdade e debate que procure propor soluções para os graves complexos problemas nacionais — na política, economia, saúde, setor sanitário. É isso que interessa ao povo brasileiro, que passa por gravíssimas dificuldades financeiras e sociais.
É sobre isso que os brasileiros querem e precisam debater!
Bolsonaro propõe outra agenda, fora dos problemas reais da população, como se vivesse num mundo imaginário ou paralelo. Precisamos escapulir dessa agenda, que excita os adversários políticos a polarizarem sobre agenda religiosa, moral, fantasiosa e que nada propõe em relação à economia e a vida dos brasileiros.
Por isso, todos nós, em particular os condutores do processo eleitoral, com o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE, precisamos atuar com muita sabedoria e equilíbrio, pois Bolsonaro e o bolsonarismo querem levar esse processe eleitoral aos estertores, a fim de inviabilizá-lo.
Por que atacam Moraes
O ódio que exala do bolsonarismo contra o novo presidente do TSE, é porque o ministro tem sido implacável contra o presidente da República, que comete crimes comuns e de responsabilidade “a torto e a direito”, como diz o ditado popular.
O ministro preside, na Corte Suprema, vários inquéritos que implicam e investigam o presidente da República — das fake news, TSE e 7 de Setembro do ano passado.
Assim, Moraes está na “alça da mira” do Planalto e dos seguidores fanáticos do inquilino que ora ocupa a sede do Poder Executivo.
Desse modo, conclamamos todos os democratas, de todas os matizes políticos, a serrarem fileiras em defesa do Estado Democrático de Direito, do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas.
Por tudo isso, desejamos que o mandato do ministro Alexandre de Moraes seja exitoso e coberto de virtudes à frente da Justiça Eleitoral. Só a Luta faz a Lei!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato do Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.