Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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40 horas: uma questão vital para a classe trabalhadora!

Dario de Freitas

Clementino Vieira, presidente da CNTM

A redução da jornada de trabalho no Brasil para 40 horas semanais, sem redução salarial, é uma demanda histórica dos trabalhadores e também representa, na questão da saúde e segurança, um novo marco civilizatório para a sociedade brasileira.

Além da geração de emprego, a medida irá colaborar com as nossas lutas sindicais pela diminuição do número de doenças. Vale lembrar que em função das jornadas extensas, intensas e imprevisíveis, os trabalhadores têm ficado cada vez mais doentes. É muito comum, neste sentido, o estresse, a depressão, a hipertensão, os distúrbios no sono e as lesões por esforços repetitivos.

 

Além do tempo gasto no local de trabalho, há ainda os tempos dedicados ao trabalho, mesmo que fora do local de trabalho. Entre eles: o tempo de deslocamento entre casa e trabalho; o tempo utilizado nos cursos de qualificação; o tempo utilizado na execução de tarefas de trabalho fora do tempo e local de trabalho; o tempo que os trabalhadores passam a pensar em soluções para o processo de trabalho, mesmo fora do local e da jornada de trabalho, principalmente a partir da ênfase dada à participação dos trabalhadores, que os leva a permanecer plugados no trabalho, mesmo distantes da empresa.

 

Logo, em função do grande tempo ocupado direta e indiretamente com o trabalho, sobra pouco tempo para o convívio familiar, o estudo, o lazer, o descanso e a luta coletiva.

Por isto, a luta pelas 40 horas semanais, sem redução salarial, é crucial para a qualidade de vida. A redução da jornada de trabalho irá possibilitar que os trabalhadores, produtores das riquezas do Brasil e do mundo, possam trabalhar menos e viver melhor. Até para que outras pessoas também possam ter acesso ao trabalho e à vida, para que possam viver e não apenas sobreviver.

Clementino Vieira
Presidente da CNTM

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