Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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IPI baixo continua para carro e geladeira

Paulo Muzzolon, enviado a Brasília, e Luciana Lazarini
do Agora

O governo federal prorrogou a redução no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de carros, caminhões, eletrodomésticos da linha branca e material de construção. Além disso, motos, trigo, farinha e pão francês continuarão com isenção de PIS/Cofins.

Anunciadas ontem pelo Ministério da Fazenda, as medidas devem sair hoje no “Diário Oficial da União”.

Para os automóveis, a tabela atual de descontos para carros 2.0 e de isenção para os 1.0 continua até setembro. Depois, a cobrança retornará aos poucos. Os descontos acabarão em janeiro de 2010. Antes, carros 1.0 tinham alíquota de 7%.

É a segunda prorrogação do desconto para carros, que terminaria hoje. Os caminhões terão IPI zero até dezembro.

O pacote de reduções de impostos de material de construção continua até o final do ano. Ontem, o governo incluiu vergalhões de cobre na lista, que agora soma 35 produtos.

As motos continuam com alíquota zero na cobrança de PIS/Cofins até 30 de setembro. Em outubro, a taxa de 3% deve voltar ao normal.

Até o pãozinho entrou no pacote. A isenção do PIS/Cofins sobre trigo, farinha e pão francês continua até dezembro do ano que vem.

Para os eletrodomésticos da linha branca–fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos–, os descontos vão até dia 31 de outubro.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução nesse setor diminuiu o preço da máquina de lavar em até 4,51% para o consumidor. A Eletros, entidade do setor, espera, neste ano, ter alta de até 10% nas vendas.

Emprego
A prorrogação dos descontos para carros e motos foi vinculada à manutenção de empregos. Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, o acordo prevê a estabilidade até setembro. “Imaginamos que, até lá, a produção mantenha os empregos”, afirma.

Segundo a Anfavea (federação das montadoras), a medida não inclui aposentados e saídas voluntárias.

Para o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, a redução poderá garantir o melhor ano de vendas internas da história da indústria automobilística. O primeiro semestre já superou, em vendas, o ano passado. Segundo o presidente da Fenabrave (federação das concessionárias), Sérgio Reze, o preço final do carro não deverá mudar.

O governo vai renunciar cerca de R$ 3,342 bilhões neste ano, segundo a Fazenda. O Ministério anunciou a criação de fundo garantidor para diminuir os juros do crédito para micro, pequenas e médias empresas e para compras de máquinas e equipamentos. Para a Força Sindical, a medida irá ajudar o setor, que já demitiu milhares de trabalhadores neste ano.

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