Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Alguns números sobre os metalúrgicos

Em plena realização com sucesso do 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, quero compartilhar com os leitores alguns dados interessantes da realidade metalúrgica.

 

Durante o Império Brasileiro os metalúrgicos chegaram a ser 20 mil; nenhuma mulher, mais de 1 mil escravos.

 

Em 1920, na capital de São Paulo, os metalúrgicos somavam 10 mil trabalhadores, metade dos quais estrangeiros, 3 mil menores de idade e ainda nenhuma mulher.

 

Desde meu nascimento, em 1942, a população brasileira aumentou quatro vezes; os metalúrgicos, como categoria, dez vezes e – surpresa – as mulheres metalúrgicas cresceram em número mais de 100 vezes.

 

O número de trabalhadores metalúrgicos brasileiros, sempre crescente com a industrialização, atingiu seu auge em 1982 (2,8 milhões), decresceu com a crise e com as políticas neoliberais para 1,2 milhão em 2000 e volta a ultrapassar a marca dos 2 milhões em 2008, com 260 mil na capital de São Paulo e em Mogi das Cruzes.

 

Os metalúrgicos estão organizados em mais de 300 Sindicatos, Federações estaduais em todo o Brasil e duas grandes Confederações nacionais: a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) filiada à Força Sindical e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) filiada à CUT, além das entidades filiadas à Confederação de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e à Conlutas.

 

Os 600 mil metalúrgicos sindicalizados formam a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro e são fortes devido à unidade de ação.

 

João Guilherme V. Netto é membro do corpo técnico do Diap e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores