Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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CNTM defende manutenção do IPI reduzido


Por Clementino Vieira, Presidente da CNTM, e diretoria da Confederação 

“Considerando os momentos de incerteza por que passa a economia brasileira e mundial.

 

Considerando a necessidade da manutenção dos postos de trabalho de parcela importante da população.

 

Considerando que medidas anticíclicas são absolutamente necessárias para garantir níveis de demanda que mantenham aquecida a atividade econômica.

 

Considerando que as reduções nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI para veículos automotores e eletrodomésticos repercutiram de forma positiva para a manutenção da produção e emprego desses setores importantes da economia.

 

Considerando que qualquer decisão no sentido da não prorrogação da redução do IPI irá afetar com extrema gravidade dois dos segmentos mais importantes da produção e do comércio do país, gerando desempregos numa extensa cadeia produtiva.

 

Considerando que a extensão dos prazos do acordo de redução das alíquotas do IPI é vital para que a economia brasileira atravesse com maior segurança esse período de crise econômica.

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM, que representa 46,5% dos trabalhadores metalúrgicos do Brasil, nos ramos de eletroeletrônica, siderurgia, automotivo, autopeças, máquinas e equipamentos, entre outros, deseja manifestar total contrariedade e desacordo com o anúncio, por parte das autoridades econômicas do Governo Federal, de não prorrogar o acordo de redução das alíquotas do IPI.

 

Temos certeza absoluta de que a desoneração do IPI nos setores automotivos e de eletrodomésticos contribuiu de maneira decisiva para amortecer os impactos da crise econômica mundial sobre os níveis de produção e emprego no Brasil. Daí, nossa estranheza com relação aos anúncios da descontinuação de tão acertada e exitosa política.             

 

Reafirmamos nossa preocupação ao mesmo tempo em que reiteramos nossa confiança no bom senso e no espírito público das autoridades econômicas desse Governo no sentido da manutenção da redução das alíquotas de IPI para os setores hoje beneficiados, evitando, dessa forma, o aumento do desemprego e dos problemas sociais decorrentes”.

 

Clementino Vieira

Presidente da CNTM e diretoria