Fotos: Jaélcio Santana
Os presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST e Intersindical manifestaram apoio ao candidato petista à presidência da República e entregaram um manifesto a Haddad. Foto: Jaélcio Santana
Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical, relatou que na segunda-feira a direção nacional da Central aprovou em reunião em qual lado iria se posicionar. “Decidimos que seria o lado do progresso, da democracia, do desenvolvimento e do futuro do País. Estamos de corpo e alma na campanha de Fernando Haddad (candidato a presidente) e Manuela d’Ávila (candidata a vice-presidente)”, afirmou.
“Não ficaremos em cima do muro: de um lado está o desenvolvimento e do outro lado, o atraso. O movimento sindical tem sofrido ataques diários de uma política reacionária do atual governo. O que se projeta é piorar esse quadro. Já fala que tem que escolher entre trabalho e direitos, férias e 13º. Temos obrigação de abrir os olhos dos trabalhadores sobre o que vai acontecer com o outro lado. Temos obrigação de colocar o País num rumo de crescimento”, ressaltou Miguel Torres. Ele também citou os nomes dos representantes da Força que estavam presentes no evento.
João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força, destacou que além do manifesto as centrais também entregariam a Haddad a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, documento que foi entregue aos candidatos a presidente. O que foi feito em seguida pelos sindicalistas.
Haddad lembrou que sempre negociou acordos para beneficiar os trabalhadores quando foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo. Ele ressaltou que “estamos há dois anos vivendo retrocesso na legislação trabalhista e congelamento de gastos. O povo pede mais saúde, educação e segurança”. E alfinetando seu oponente disse: “ Não vai ser cortando direitos que vai reativar a economia. A economia cresce é com salários. Quero tornar o povo parte da solução e não parte do problema. Não é arma que vai resolver. Precisa é carteira de trabalho numa mão e um livro na outra”.
Clique aqui e ou leia abaixo o manifesto entregue ao candidato a presidente Fernando Haddad e a vice Manuela D´Ávila
MOVIMENTO SINDICAL EM DEFESA DOS DIREITOS TRABALHISTASE DA DEMOCRACIA. PORQUÊ A CLASSE TRABALHADORA DEVE ELEGER HADDAD
Em 28 de outubro teremos uma eleição decisiva para o futuro da classe trabalhadora brasileira. De um lado, Fernando Haddad, um candidato comprometido com a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional. Do outro, um candidato que encarna o autoritarismo, a desnacionalização da economia e a extinção dos direitos sociais e trabalhistas, com consequências diretas na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, como desemprego, a precarização do trabalho, redução dos direitos e da qualidade de vida.
Jair Bolsonaro defende os interesses de grandes corporações nacionais e estrangeiras, seu projeto privilegia o mercado financeiro sobre qualquer outro setor da sociedade. Sua intenção de supressão dos direitos dos trabalhadores é tão flagrante que o candidato afirmou que, se eleito, vai criar uma “nova” carteira de trabalho em contraposição à atual. Com esta fantasiosa carteira, o empregado não terá nenhum dos direitos previstos na CLT como férias, 13º salário e licença maternidade.
O programa de governo de Haddad está em sintonia com os interesses da Nação e do nosso povo. Propõe a revogação da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Propõe a retomada do desenvolvimento e crescimento econômico, com distribuição de renda, inclusão e justiça social e redução do desemprego. Defende o fortalecimento e a valorização da agricultura familiar e do salário mínimo, o combate da precarização do mercado de trabalho, a democratização dos meios de comunicação e uma política externa soberana.
Haddad está comprometido com a valorização das estatais, das empresas e bancos públicos, redução dos juros, isenção do imposto de renda para trabalhadores e trabalhadoras que ganham até cinco salários mínimos e de impostos para os mais pobres, manutenção da Previdência Social como política pública e a valorização das aposentadorias. O fim das privatizações e a valorização de todo setor energético, com a consequente redução das tarifas de combustíveis, luz e gás, também são compromissos já firmados.
Há uma massa de trabalhadores, desempregados e desalentados, sendo iludida pelo canto de sereia, desorientada pela profusão de notícias falsas e disseminação do ódio. Por isso, conclamamos uma reflexão pela democracia e por um futuro melhor para todos e todas.
Fernando Haddad personifica a democracia e a possibilidade de lutarmos por mudanças que o povo reclama e anseia: educação e saúde públicas de qualidade para toda a população, moradia, segurança, democracia, soberania e bem-estar social. Haddad colocará o povo brasileiro em primeiro lugar.
Por todas essas razões, as centrais sindicais brasileiras estão unidas neste segundo turno com Fernando Haddad. E, com a certeza de que Haddad é o melhor candidato, conclama a classe trabalhadora e o povo brasileiro a participar da campanha e votar para eleger Haddad o próximo presidente do Brasil.
Somente juntos conseguiremos defender a democracia, a soberania nacional e a valorização do trabalho e da classe trabalhadora.
São Paulo, 10 de outubro de 2018.
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores – UGT
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
José Avelino Pereira (Chinelo), presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
José Calixto Ramos, presidente Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST
Edson Índio, secretário-geral da Intersindical
FONTE: Assessoria de Imprensa da Força Sindical