Juca Guimarães e Folha de S.Paulo
do Agora
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que o salário mínimo deve ficar em cerca de R$ 507
O reajuste do piso nacional deve valer a partir de janeiro de 2010 e representa um aumento de R$ 42 em relação ao valor atual de R$ 465 — que é R$ 50 maior do que o piso em vigor até fevereiro deste ano.
O aumento real do mínimo, segundo a projeção do governo, será de 5,08%.
O novo valor do salário mínimo foi anunciado pelo ministro logo após a apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010, feito com base nas projeções de inflação para 2009.
De acordo com o projeto, o valor do salário mínimo em 2010 seria de R$ 506,44.
O cálculo da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o mínimo leva em conta as regras do acordo de valorização do salário mínimo que o governo federal negociou com as centrais sindicais.
“O salário mínimo será reajustado de acordo com a inflação deste ano mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do ano passado, que ficou em 5,08%. Esse dado pode até ser revisto futuramente, mas nós calculamos que vai ficar entre R$ 506,50 e R$ 507”, avaliou o ministro Paulo Bernardo.
O cálculo do governo estima que a inflação entre fevereiro deste ano e janeiro de 2010 deverá ficar em 3,64%.
Para definir o valor do mínimo, o governo vai utilizar a inflação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
“Vamos pressionar o governo até onde der para conseguir arredondar esse valor para cima”, disse Artur Henrique da Silva, presidente da CUT.
A central defende que quanto maior for o piso nacional, mais a economia ficará aquecida. “É uma forma importante de incentivo ao consumo e combate à crise”, disse o presidente da CUT.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, defendeu a proposta de reajuste do salário mínimo apresentada pelo governo.
“A Força apoia o cumprimento da regra de reajuste que as centrais aceitaram”, disse o sindicalista.