Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Produtores do setor de cal e calcário utilizam associativismo para superar a crise

Central de compras, cursos, assessoria em meio ambiente e organização de missões empresariais são algumas das medidas implementadas em conjunto pelos produtores do setor

Produtores brasileiros do setor de cal e calcário estão utilizando o associativismo para enfrentar a crise financeira mundial. Dentre as medidas tomadas em conjunto, destacam-se uma central de compras para reduzir os custos das indústrias, cursos sobre custo e venda dos produtos, assessoria em meio ambiente e organização de missões empresariais para outros locais do mundo em busca de novas tecnologias, principalmente na área ambiental. As iniciativas vêm sendo implementadas desde janeiro deste ano.

A central de compras é o meio que os produtores encontraram para economizar na aquisição de insumos comuns das empresas. A iniciativa é organizada pela Associação dos Produtores de Derivados do Calcário (APDC), entidade que representa o setor no País. A ação visa aumentar a competitividade das indústrias. “Após negociar todos os insumos possíveis, a medida vai fazer com que as indústrias reduzam seus custos em até 30%”, estima o secretário-executivo da APDC e engenheiro civil, Fábio Pini.

A compra de óleo diesel estreou o sistema de compras via central. A concorrência foi lançada em dezembro de 2008 e concluída em janeiro deste ano. Segundo informações da APDC, com essa ação as indústrias terão uma economia financeira em combustível de 6,09%, que corresponde, em média, a R$ 10 mil mensais.

Outra ação prevista ainda para o início deste ano é a criação de cursos sobre custo e venda de produtos. O objetivo é fortalecer o financeiro das empresas e, com isso, aumentar rentabilidades.

A preocupação do setor em reduzir custos inclui também a questão ambiental, que frequentemente causa despesas com multas. Para isso, os produtores contrataram em conjunto, por meio da Associação, uma assessoria técnica focada nas adequações ambientais e legais. O principal objetivo é evitar a perda de prazos de renovação para licenças operacionais e penalidades.

Além disso, para conhecer novas tecnologias, no início de março uma comitiva formada por empresários do setor realizou uma missão empresarial para a China, com a orientação do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEP do Paraná. Segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a China é o maior produtor de cal e calcário mundial, com uma produção de 170 milhões de toneladas ao ano. Lá os produtores conheceram equipamentos que permitem a fabricação de cal para indústrias de alimentos, pasta de dente e siderurgia e aumentam em até 300% a produção mensal. A comitiva esteve em três cidades chinesas, onde estão concentradas as maiores produtoras. “Conseguimos avaliar novas tecnologias na área de mineração e industrialização. Vimos que é possível ter no Brasil esses equipamentos modernos. Agora vamos estudar a melhor forma de empreender no setor”, explica o presidente da APDC, Alzemir Gulin.

O Brasil é o sexto maior produtor mundial. O setor abrange 500 empresas de cal e calcário geradoras de 12 mil empregos diretos e 50 mil indiretos no país.

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