Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Metalúrgicos de Guarulhos param em duas empresas

Empresa quebra e não paga: Sindicato acampa no local


Desde ontem (4) à noite, trabalhadores mobilizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, estão acampados na empresa Dumontec (Cumbica), para evitar a retirada do maquinário. A empresa quebrou, demitiu, não pagou os empregados e o Sindicato teme que os proprietários queiram retirar as máquinas do galpão da fábrica.

Na manhã desta quinta (5), o Departamento Jurídico do Sindicato ingressou com ação de arresto dos bens. “Queremos manter as máquinas no galpão, que é uma forma de garantir o pagamento futuro das verbas rescisórias dos demitidos”, afirma o diretor do Sindicato, José Barros da Silva Neto.

Segundo o diretor Barros, a empresa, que tinha cerca de 70 empregados, vinha “capengando” há cerca de um ano, de forma que a situação de insolvência não tem relação com a atual crise econômica. O sindicalista afirma: “Vamos continuar acampados. O trabalhador não pode ficar no prejuízo.”

Zamprogna oferece PLR zero e metalúrgicos cruzam os braços


Os 260 trabalhadores da Zamprogna (Bonsucesso), entraram em greve na manhã desta quarta-feira (4), exigindo da empresa o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), que deveria ter sido depositada dia 28 de fevereiro. Apesar do Sindicato ter buscado exaustivamente uma negociação com a empresa, a direção da fábrica que passou recentemente para o controle do grupo Usiminas tem se mantido numa posição de intransigência.

O diretor do Sindicato Augusto Valdomiro Knupp ressalta que a segunda parcela da PLR poderia chegar a até um salário nominal e meio, mas a empresa não quer pagar alegando que as metas de produtividade não foram atingidas.

“É um abuso a Zamprongna querer impor zero de Participação, pois a empresa produziu muito no ano passado e os lucros foram altos”, denuncia Knupp. A greve continua até que a empresa apresente uma proposta decente aos trabalhadores. Na terça-feira (3), o Sindicato marcou uma reunião com a empresa, mas os diretores da fábrica não compareceram.

Jundiaí – Além de Guarulhos, a unidade de Jundiaí também está parada. Lá, os companheiros reivindicam definição quanto ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) e plano de cargos e salários. Também protestam contra o anúncio de demissões.

Porto Alegre – O Sindicato dos metalúrgicos estuda entrar com ação na Justiça do Trabalho contra a Zamprongna, a fim de anular cerca de 40 demissões, efetuadas fora dos parâmetros de um acordo aprovado pelos trabalhadores em fevereiro, que prevê a criação de um plano de demissão voluntária. “Foram demitidos trabalhadores com mais de 20 anos de empresa, enquanto poucos aposentados e administrativos foram desligados”, afirma um diretor.

Usiminas – Depois que passou para o controle do grupo Usiminas, os problemas na Zamprongna só aumentaram. A superintendente de Recursos Humanos e Administração, Denise Brum, desencadeou uma política de terrorismo nas empresas do grupo. O assédio moral é tão forte, que ela vem sendo chamada de “Denise Bruxa”. Não é para menos: nos últimos três meses, quase 2.500 pessoas foram demitidas pelo Sistema Usiminas.

Na semana passada, o Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista denunciou que a Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista), que fica em Cubatão (56 km), demitiu cerca de 400 trabalhadores desde o início do ano. A empresa, subsidiária da Usiminas desde 2005, foi incorporada ao grupo em fevereiro de 2009.

Na última terça-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa) e a Força Sindical realizaram protesto em frente à portaria da Usiminas (no Centro de Ipatinga), contra as demissões em massa promovidas pela empresa, que na base já são cerca de 150.

Assessor de Imprensa João Franzin – MTB 12.865 – (9617.3253)
E-mail –
agenciasindical@agenciasindical.com.br

Mais informações:
Sindicato (2463.5300)
Knupp (7730.5106)

Elizeu (7730.5112)

Pepe (7730.5120)

Lula (7730.5113)

www.metalurgico.org.br