Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Folha de S.Paulo

O governo federal decidiu prorrogar por mais três meses, do início de abril ao final de junho, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado na venda de veículos. O presidente Lula acha que essa foi uma das medidas que deram certo no combate à crise.

Adotado em dezembro para estimular as vendas no setor, o incentivo, que vigoraria até o dia 31, tinha renúncia fiscal estimada em R$ 1,35 bilhão no período de quatro meses.

O governo vai esperar até o final do mês para anunciar a prorrogação da isenção para evitar uma queda nos números do mercado neste mês. A redução ajudou na recuperação da venda de carros, que teve alta de 0,15% em fevereiro na comparação com o mesmo período de 2008.

Na comparação mensal, as vendas cresceram em dezembro (184 mil unidades), em janeiro (189 mil) e em fevereiro (191 mil), segundo dados da federação dos distribuição de veículos. A redução foi a seguinte: o IPI de carros populares, de mil cilindradas, caiu de 7% para zero. No caso das picapes de até mil cilindradas, o IPI foi reduzido de 8% para 1%.

Já para veículos entre mil e 2.000 cilindradas, o imposto caiu pela metade: de 13% para 6,5%, no caso de carros a gasolina, e de 11% para 5,5%, nos carros flex e a álcool. As concessionárias de usados terão uma linha de crédito de R$ 400 milhões do governo em troca da manutenção de empregos.