Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Patrões se dispõem a ampliar a carga horária do treinamento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Empresas que adotaram a suspensão do contrato de trabalho como alternativa para evitar demissões afirmam que oferecerão mais treinamento do que o exigido nos acordos com os sindicatos ou que podem ampliar as opções de cursos conforme a necessidade.

A Basso, que pelo acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Curitiba deve oferecer 140 horas de curso, diz que oferecerá 248 horas de treinamento a 47 trabalhadores. A Indebras, que fechou acordo com o mesmo sindicato, diz que qualificará os funcionários por 320 horas até o fim da interrupção -até agora, os cerca de 30 trabalhadores suspensos desde o dia 22 de janeiro fizeram 16 horas de um curso de segurança do trabalho e devem iniciar outros treinamentos nesta semana.

A Maflow afirma que oferecerá 350 horas de cursos no período aos 120 trabalhadores afastados. O diretor-geral da companhia no Brasil, Marcos Baptista, afirma que a carga horária é suficiente para requalificar os trabalhadores.

A reportagem também ouviu a siderúrgica Arcelor Mittal, que diz que vai ofertar 420 horas de cursos em três meses a 76 funcionários, e a Vale, que preparou 300 horas para dois meses de qualificação a 220 empregados. A Müeller -fabricante de autopeças em São Paulo- planeja, inicialmente, qualificar 120 trabalhadores durante 40 horas por cinco meses. Segundo a Müeller, 50 funcionários suspensos foram readmitidos e há chance de que os outros sejam recontratados antes do fim da suspensão.

A maior parte das oito companhias ouvidas tem parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) para oferecer o treinamento.

Só a Alasur, que fabrica peças de alumínio no Paraná, decidiu capacitar internamente os 18 trabalhadores suspensos, segundo funcionário da empresa. A reportagem tentou falar com diretores da companhia, mas não conseguiu localizá-los.

O Senai de São Paulo se colocou à disposição para atender os trabalhadores suspensos. Segundo a assessoria do Senai, porém, não há política nacional para elevar o número de cursos. As escolas de cada região analisarão a demanda e optarão ou não pela ampliação. (VF)