Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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CSN deve cortar mais 200


Siderúrgica já havia dispensado 300 trabalhadores

Alberto Komatsu, RIO

Depois de demitir 300 funcionários em dezembro, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) iniciou sexta-feira uma nova leva de demissões, que já chega a 200 pessoas, segundo informou ontem o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares Ramos. Com isso, a CSN chega a 500 dispensas desde dezembro. A empresa foi procurada, mas disse que não vai comentar o assunto.

A partir da segunda quinzena de dezembro, a CSN havia concedido férias coletivas de 20 dias a 2,5 mil empregados. Na época, justificou a medida com o ajuste da produção à queda de demanda. Segundo Ramos, a CSN também quer flexibilizar algumas regras e conquistas trabalhistas. Uma delas seria reduzir o pagamento do benefício de férias de 70% de um salário para 33%, piso estabelecido pela legislação.

Desde o começo do ano, o clima é de apreensão em Volta Redonda, região sul do Estado do Rio, sede da Usina Presidente Vargas. Estimativa do sindicato divulgada no fim de 2008 apontava para 1,8 mil demissões, ainda em janeiro.

Ramos espera ter uma estimativa clara dos cortes em dez dias, quando o sindicato vai homologar as dispensas. O sindicalista destaca a falta de controle sobre as demissões de pessoas com menos de um ano de empresa, que não precisam ser homologadas no sindicato.

MRS

A MRS Logística, concessionária e operadora da malha sudeste da Rede Ferroviária Federal, estaria planejando mais demissões, após ter anunciado ontem um corte de 5% do quadro de pessoal, ou 200 empregados. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Belo Horizonte. A MRS, que tem a CSN e a Vale entre as controladoras, nega que esteja planejando mais demissões, mas não descarta novas dispensas caso a crise mundial se agrave.

O diretor financeiro do sindicato, David Eliude Silva, conta que as demissões anunciadas não têm relação com a crise. Segundo ele, são empregados que estão se aposentando, o que a MRS confirma. Também seriam funcionários que optaram por pedir demissão. A empresa informa que os cortes tiveram influência da crise, já que o transporte de cargas caiu 40%.